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Rios do Paraná têm registrado presença de fármacos.
Rios do Paraná têm registrado presença de fármacos.| Foto: Pedro Serapio/Arquivo/Gazeta do Povo

Os rios do Paraná, seguindo uma tendência mundial, estão contaminados com antibióticos e outras substâncias usadas em medicamentos. Os principais números conhecidos desse problema no estado são frutos de pesquisas realizadas por Eliane Carvalho de Vasconcelos, professora do programa de Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo e doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). E é ela quem indica como esse cenário pode ser combatido. Missão que envolve conscientização e descarte correto.

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Para a pesquisadora, a divulgação do assunto e os estudos na área já podem ser considerados um grande avanço. “Estamos caminhando bem ao tomar consciência para esta situação”, garante Eliane. Em vez de esperar a solução definitiva para o tratamento da água - que está evoluindo, mas cujas iniciativas ainda são muito caras -, ela observa, é mais efetivo alterar hábitos para evitar a contaminação.

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“Precisamos melhorar relação de médicos, farmacêuticos e academia que estuda os riscos ambientais que os fármacos produzem”, alerta. Ela acredita que com este engajamento e o entendimento dos efeitos nocivos dos remédios à biodiversidade, médicos podem receitar os medicamentos de forma sustentável, entendendo que alguns causam grandes danos ao meio ambiente.

As pessoas também têm papel fundamental, tanto no uso quanto no descarte. “É preciso reduzir o consumo, usar somente quando é necessário. O antibiótico está mais difícil de obter por causa da receita, mas anti-inflamatório não, e eles são verdadeiras bombas para o meio ambiente”, pontua.

Pia não é lugar para descarte de medicamentos

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e a Prefeitura de Curitiba alertam que antibióticos e outros medicamentos precisam ser descartados em locais adequados, não em vasos sanitários, lixo comum, pias ou locais a céu aberto. Na capital, por exemplo, remédios vencidos podem ser deixados em terminais de ônibus, onde há espaços para coleta. Além disso, as farmácias também têm pontos específicos para depósito desse tipo de material.

A concentração que chega nas nossas torneiras é minúscula. Então não é preciso se alarmar. Mas é importante entender o problema e agir para que as concentrações não continuem crescendo. Filtros com carvão ativados são eficientes, mas é preciso trocar o refil regularmente como indica o fornecedor.

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