Nesta sexta-feira (9) paralisações no serviço de transporte coletivo afetaram a rotina de moradores de Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em comum, a reclamação dos sindicatos dos trabalhadores do setor, que alegam não terem recebido os salários em dia.
Em Ponta Grossa a greve de motoristas e cobradores começou na segunda-feira (5), dia em que o serviço tinha sido autorizado a retornar depois de ter sido suspenso como forma de combate à disseminação da Covid-19. A frota ficou recolhida nas garagens até esta sexta-feira, quando uma decisão da Justiça do Trabalho determinou a volta parcial da circulação dos ônibus. O sindicato da categoria informou que vai seguir a determinação de colocar 50% da frota nas ruas. Uma audiência de conciliação entre a empresa, a Prefeitura de Ponta Grossa e os trabalhadores está marcada para o próximo dia 12.
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Em Maringá a paralisação já dura dois dias. Os trabalhadores teriam recebido menos da metade dos salários referentes ao mês de março, e por isso decidiram cruzar os braços e impedir a circulação dos ônibus. A Justiça, em decisão favorável à empresa responsável pela execução do serviço na cidade, proibiu que motoristas e outros funcionários bloqueiem a saída dos veículos das garagens e a entrada dos ônibus nos terminais. Segundo informações da RPC, apenas 25% da frota estava circulando em Maringá na manhã desta sexta-feira.
Sobre o pagamento dos salários, a concessionária do transporte coletivo de Maringá confirmou que está enfrentando dificuldades financeiras. Segundo a prefeitura, a empresa teria pedido um repasse de mais de R$ 20 milhões como forma de suportar os impactos da pandemia no serviço. A administração municipal considerou o valor elevado e, também segundo informações da RPC, disse estar aberta a negociações.
Em Londrina a greve dos motoristas foi deflagrada nesta sexta-feira. Assim como nas duas outras cidades, a falta de pagamento dos salários teria sido o motivo da paralisação. Trabalhadores e empresas chegaram a participar de audiências na Justiça do Trabalho, mas só houve acordo entre as partes responsáveis pelo transporte metropolitano. O restante dos salários desses trabalhadores deve ser pago na próxima segunda-feira (12).
Já o serviço de transporte coletivo municipal segue sem previsão de retorno. As empresas que prestam o serviço publicaram uma nota na qual explicam que não possuem condições de cumprir as obrigações financeiras, como o pagamento dos salários. Assim como em Maringá, as empresas de Londrina pedem o auxílio do poder público para reequilibrar as contas. Nas contas da Prefeitura de Londrina, o número de passageiros caiu pela metade nos últimos meses.
Em Curitiba, as empresas de ônibus foram contempladas com aportes financeiros emergenciais de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões por mês, entre março e dezembro de 2020, para evitar o colapso do serviço. O Regime Emergencial de Operação e Custeio do Transporte Coletivo, renovado em dezembro, prevê um aporte adicional de R$ 102 milhões às empresas até junho de 2021, segundo cálculos da Urbanização de Curitiba S.A (Urbs). O subsídio é justificado pela prefeitura para cobrir a diferença entre o custo do transporte e o valor arrecadado pelas empresas durante o período da pandemia.
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