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O primeiro veículo do tipo na América do Sul, o Bonde Urbano Digital (BUD) começou a circular em fase experimental nesta semana entre Pinhais e Piraquara, marcando um novo capítulo na mobilidade da Região Metropolitana de Curitiba. O sistema, que combina características de VLT e BRT, opera sem trilhos físicos e utiliza sensores e indução magnética para guiar o percurso; uma tecnologia que chamou atenção já nos primeiros embarques.
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A operação inicial ocorre em dois horários, às 10h15 e às 14h15, com fluxo controlado para permitir ajustes técnicos. O trajeto temporário liga o Terminal São Roque ao Parque das Águas, mas a expectativa é que, a partir do dia 20 de dezembro, o Bonde Urbano Digital passe a fazer o percurso completo até o Terminal de Pinhais. A tarifa é a mesma do transporte metropolitano: R$ 5,50.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior classificou o início da fase de testes como um marco para o transporte público do Estado. Segundo ele, o Bonde Urbano Digital reúne vantagens de custo, capacidade e sustentabilidade. “Se a população aprovar, vamos avançar com investimentos nessa modelagem”, afirmou.
Dentro do veículo, as primeiras impressões revelaram um misto de surpresa e entusiasmo. O silêncio, a estabilidade e o ar-condicionado reforçaram a sensação de modernidade. “Achei silencioso. É legal porque ele é autônomo”, disse o estudante Henrique Gross, de 10 anos. Para a também estudante Júlia Vitória de Oliveira, 15, o BUD representa um salto tecnológico: “Vai ajudar muito quem trabalha e precisa se deslocar entre as cidades.”
Primeiras reações ao BUD
As impressões positivas também vieram de quem está ao volante do Bonde Urbano Digital. O motorista Emílio dos Santos Vargas, responsável pela viagem inaugural, destacou a diferença no comando. “Menos ruído, mais estabilidade. É um orgulho participar da primeira viagem”, afirmou.
Na prática, mesmo capaz de operar de forma autônoma, o BUD seguirá conduzido por motoristas durante toda a etapa experimental por questões de segurança e regulamentação. A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) coordena a operação e monitora os indicadores do sistema em tempo real a partir do Centro de Controle Operacional.
Com 30 metros de comprimento, motor elétrico, velocidade de até 70 km/h e vida útil estimada em 30 anos, o veículo oferece um conjunto de tecnologias que inclui radares, câmeras e proteção eletrônica ativa, permitindo que compartilhe a via com outros modais. A autonomia é garantida por supercapacitores que recarregam em cerca de 12 minutos.
Bonde Urbano Digital como aposta para o futuro
A implantação do Bonde Urbano Digital é vista pelo governo estadual e pelas prefeituras como um passo estratégico para atender ao aumento da demanda de deslocamento na Grande Curitiba. A Amep avalia o sistema como alternativa viável para corredores metropolitanos de grande fluxo, por unir capacidade elevada, menor custo e rapidez de implantação, vantagens que chamaram a atenção de representantes de outros estados e países.
A prefeita de Pinhais, Rosa Maria, afirmou que o projeto dialoga com o perfil sustentável do município. Já o prefeito de Piraquara, Marcus Tesserolli, destacou a relevância do veículo para uma cidade com grande área de preservação.
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