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Reintegração de posse

Defensoria Pública estima que mais de 100 mil pessoas podem ser despejadas no PR

Imagem de uma reintegração de posse na região de Curitiba no ano de 2016 (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

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Mais de 100 mil pessoas que vivem em ocupações irregulares no Paraná podem ser alvos de despejo a partir do dia 30 de junho. A data tem relação com o fim dos efeitos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o cumprimento de mandados de reintegração de posse durante a pandemia de coronavírus. A estimativa de pessoas afetadas foi divulgada nesta segunda-feira (20) pela Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR).

Trata-se de um levantamento feito pelo Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (NUFURB) da DPE, no âmbito de 183 processos com mandados de reintegração de posse. São 111 em áreas rurais e 72 em áreas urbanas.

Ainda de acordo com o levantamento, entre março de 2020 e maio de 2022, houve um aumento de 12% no total de decisões de reintegrações de posse que estão nas mãos da Polícia Militar do Paraná, prontas para serem cumpridas.

A DPE reforça que a ADPF 828 suspendeu a retirada das pessoas em ocupações irregulares que ocorreram antes da pandemia, mas parte das áreas receberam mais pessoas desde então - e outras novas ocupações irregulares nasceram em razão da crise econômica.

“São pessoas em alta vulnerabilidade social. Parte delas não conseguiu pagar seus alugueis durante a pandemia e foi parar nas ruas. Essas pessoas encontraram uma alternativa nas ocupações. Embora não seja o ideal, elas estão lá. Este é um fato, e nós precisamos lidar com esta questão”, afirma a subdefensora pública-geral Olenka Lins e Silva.

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