Os empresários paranaenses foram os que proporcionalmente mais obtiveram empréstimos durante a pandemia, até aqui, para obter capital de giro e manter as portas abertas. É o que mostra relatório de estatísticas monetárias e de crédito do Banco Central referente ao saldo das operações de empréstimos em 2020. A alta entre os empresários do Paraná foi 33% em relação a 2019, contra um crescimento médio de 22% em nível nacional.
Os dados do Banco Central incluem tanto os recursos levantados em instituições financeiras quanto os de programas emergenciais de crédito do Governo Federal liberados em virtude da pandemia. “Os recursos foram principalmente para pagamento de despesas básicas, fornecedores e salários de trabalhadores, já que muitas (empresas) tiveram suas atividades parcial ou totalmente interrompidas no início da crise e o faturamento ficou comprometido”, avalia o especialista do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães.
O estado ficou com 9% ou R$ 3,4 bilhões do total de 37,5 bilhões liberados pela linha do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Já o Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese) atendeu 132 mil empresas no país, com R$ 8 bilhões em créditos. Mais de 11 mil no Paraná foram contempladas, somando R$ 619 milhões em recursos emergenciais no estado.