Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, é motivo de preocupação durante da prefeitura de Foz do Iguaçu a pandemia.
Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, é motivo de preocupação durante da prefeitura de Foz do Iguaçu a pandemia.| Foto: KIKO SIERICH/Gazeta do Povo/Arquivo

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou nesta semana uma ação civil pública para que o governo federal garanta o reforço das medidas de vigilância sanitária contra a Covid-19 na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. Na ação, o MPF também requer um aporte financeiro por parte da União como forma de compensar os prejuízos sofridos pelo sistema público de Saúde em Foz do Iguaçu.

O MPF aponta que desde outubro de 2020, quando a Ponte da Amizade foi reaberta, houve uma “explosão de casos confirmados” na 9ª Regional de Saúde. Mesmo tendo apenas nove municípios em sua circunscrição, esta regional é a recordista em casos confirmados e em mortes, quando a relação é feita a cada 100 mil habitantes. Até o fim de junho, a regional de Saúde sediada em Foz do Iguaçu já registrava 60,3 mil casos e 1.353 óbitos causados pela Covid-19.

Na ação, o Ministério Público explica que não pretende fechar a fronteira, “dado o importante papel que desempenha no transporte de cargas, pessoas e para o comércio local”. Além do reforço nas barreiras sanitárias, o pedido do MPF é também por mais testes para a população de Foz do Iguaçu e por mais recursos para o SUS, para que sejam ampliados os leitos de UTI da região.