Professores da UEL aprovaram a paralisação em assembleia realizada na semana passada.
Professores da UEL aprovaram a paralisação em assembleia realizada na semana passada.| Foto: Divulgação / SindiprolAssuel

Professores de seis universidades estaduais do Paraná seguem em greve nesta terça-feira (16). O movimento, iniciado na última segunda-feira (15), aponta que o reajuste nos salários oferecido pelo Governo do Paraná, de 5,79% a partir de agosto, é “irrisório” frente a perdas acumuladas de mais de 42%. A decisão pode afetar cerca de 90 mil estudantes das instituições de Ensino Superior.

Estão em greve os professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM). Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), uma assembleia está marcada para esta quarta-feira (17), quando será votado o indicativo de paralisação.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o Governo do Paraná não recebeu os representantes das universidades, mesmo após algumas paralisações. O objetivo do Andes, segundo o próprio sindicato, é “pressionar o governo estadual a abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial, e também para apresentar prazos concretos em relação à proposta de carreira docente”.

Em nota encaminhada à Gazeta do Povo, a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) afirmou que “tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias”. De acordo com a pasta, “a proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários”. Por fim, a nota classifica a greve como “precipitada”, e aponta que a paralisação dos professores “pode prejudicar o diálogo”.