Celso Pozzobom (PSC), prefeito de Umuarama.
Celso Pozzobom (PSC), prefeito de Umuarama.| Foto: Reprodução / Facebook

O prefeito de Umuarama, Celso Pozzobom (PSC), foi afastado do cargo nesta quinta-feira (16) após determinação do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A ordem de afastamento atendeu a um pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que investiga a suposta participação de Pozzobom em crimes de peculato e falsidade ideológica a partir de desvio de verbas na área da Saúde no município. Ele nega as acusações. O vice-prefeito, Hermes Pimentel da Silva, assumiu interinamente a Prefeitura de Umuarama no final da tarde desta quinta-feira (16).

O pedido foi feito durante a segunda fase da Operação Metástase, coordenada pelo MP-PR em Umuarama. Os agentes do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ambos do MP-PR, também cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e outros cinco mandados de sequestro de veículos.

As investigações já revelaram, segundo o MP-PR, que duas supostas empresas de fachada podem ter sido criadas por servidores públicos e membros de um hospital filantrópico para emitirem notas frias como forma de viabilizar o desvio de recurso públicos. As apurações da Operação Metástase, informou o Ministério Público, encontraram mais de R$ 2,5 milhões em notas frias – R$ 1,7 milhão para supostas obras e reformas que segundo as investigações não foram executadas; e mais R$ 816 mil referentes à compra de materiais hospitalares, como luvas e máscaras, que nunca foram entregues. O prejuízo total da atuação do suposto esquema é estimado pelo MP-PR em R$ 19 milhões.

Após a operação, pela manhã, o prefeito Celso Pozzobom disse em coletiva de imprensa que desconhece desvios e que apoia a investigação. A reportagem da Gazeta do Povo tenta contato com o prefeito.