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Vampiro de Curitiba

Casa histórica de Dalton Trevisan será transformada em espaço cultural em Curitiba

Casa de Dalton Trevisan
Dalton Trevisan viveu na casa localizada no bairro Alto da XV por quase 70 anos. (Foto: José Fernando Ogura/Prefeitura de Curitiba)

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A casa onde Dalton Trevisan viveu por quase 70 anos em Curitiba (PR) será transformada em um espaço cultural em homenagem ao escritor. A iniciativa foi confirmada nesta quinta-feira (12) com a assinatura de um protocolo entre a prefeitura de Curitiba e a construtora Hugo Peretti, que adquiriu o terreno onde está localizada a casa.

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Construída no fim da década de 1920, a casa é tombada como Unidade de Interesse de Preservação (UIP) pelo município e, por lei, deve ser restaurada e mantida. A partir da parceria, a construtora fará o restauro da residência localizada na esquina das ruas Amintas de Barros e Ubaldino do Amaral.

Depois desse processo, a casa será repassada à Fundação Cultural de Curitiba (FCC), que ficará responsável pela implantação e gestão do espaço. Na sequência, assim que a Hugo Peretti erguer um condomínio residencial no terreno, será aberto para o público.

O objetivo da FCC é de que o espaço se torne um novo ponto de referência para leitores, pesquisadores e admiradores da literatura brasileira. “Esse protocolo assegura que o imóvel se tornará um espaço cultural aberto ao público. Após o restauro e o repasse à prefeitura, a FCC definirá a melhor finalidade para ele, seja como biblioteca ou outro tipo de uso cultural. O importante é que será acessível para todos”, adiantou o presidente da FCC, Marino Galvão Júnior.

Dalton Trevisan morreu em 9 de dezembro de 2024, em Curitiba. Natural da capital paranaense, tornou-se conhecido mundialmente pela sua prosa focada na vida cotidiana e nos dramas urbanos. Ele recebeu os prêmios Camões, Oceano e Jabuti. Recluso e afastado dos holofotes, acabou recebendo o apelido de "Vampiro de Curitiba", nome de um de seus livros, publicado em 1965.

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Homenagens aos 100 anos de Dalton Trevisan

O “Vampiro de Curitiba” completaria 100 anos em 14 de junho de 2025. E mesmo antes da morte dele, diversas homenagens à vida e à obra dele vinham sendo programadas. Entre elas a exposição “100 anos: Dalton Trevisan entre traços e linhas”, aberta oficialmente nesta quinta-feira no Solar da Glória, na capital paranaense.

Organizada pela Fundação Cultural de Curitiba, a mostra reúne ilustrações de 38 artistas curitibanos em homenagem ao centenário do autor. A exposição ficará em cartaz até setembro e terá entrada gratuita no período.

Além da mostra, a prefeitura de Curitiba promoverá nas 16 Casas da Leitura uma programação especial dedicada ao autor, com rodas de leitura e diversas atividades. Em setembro, durante o Festival da Palavra, será lançado um e-book com contos de Dalton Trevisan, selecionados pela crítica literária e escritora Luci Colin, também curadora do festival. A publicação será disponibilizada gratuitamente na plataforma Curitiba Lê Digital.

A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) também preparou uma programação especial para homenagear Dalton Trevisan. No dia 13 de junho, haverá o bate-papo “Sexta-feira 13 com o Vampiro”, no Hall Térreo. O evento conta com a presença de Fabiana Faversani e também de Nena Inoue, diretora dos espetáculos “Daqui Ninguém Sai” (2025), da obra do autor curitibano, e “Dalton Cabaré” (2016). A mediação será feira pelo jornalista Irinêo Baptista Netto. Além do evento, foi lançada a edição especial do jornal Cândido, com vários conteúdos sobre o escritor.

A editora Todavia, que comprou no ano passado os direitos da obra do escritor, lançou a "Coleção Dalton Trevisan" e a antologia "Educação Sentimental do Vampiro" como parte das comemorações pelo centenário de Dalton.

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