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Posto de vacinação fechado em Curitiba por falta de doses do imunizante da Covid-19.
Posto de vacinação fechado em Curitiba por falta de doses do imunizante da Covid-19.| Foto: Reprodução RPC

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, acredita que o Ministério da Saúde vai enviar até sexta-feira (16) um novo lote de vacinas da Covid-19 para dar continuidade na aplicação da primeira dose, suspensa nas principais cidades do estado justamente por falta de imunizante.

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No começo da tarde desta quarta-feira (14), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) confirmou que o montante enviado será de 235,5 mil doses da Astrazeneca. A maior parte desse montante, 166.951 mil doses, será para continuidade da aplicação da primeira dose no público acima de 18 anos em todo o estado. Outras 45 mil doses serão exclusivamente para quatro cidades para acelerarem a imunização na fronteira com Paraguai e Argentina: Foz do Iguaçu, Guaíra, Santo Antônio do Sudoeste e Barracão. O restante é de reserva técnica.

"Gostaríamos de estar vacinando muito mais, mas as vacinas são adquiridas pelo governo federal. Gostaríamos que fosse numa quantidade maior, mas assim que as doses chegarem, os municípios vão vacinando” , disse Beto Preto em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC, nesta quarta-feira (15).

Enquanto não recebe o novo lote, Curitiba fica pelo segundo dia consecutivo sem vacinação de Covid-19 nesta quarta-feira (14). Todos os postos de vacinação seguem fechados nesta quarta na primeira vez que a capital fica sem aplicar vacinas no meio de semana desde o início da imunização do coronavírus em janeiro. A aplicação da primeira dose nos grupos por idade parou em 40 anos sábado (10).

Sem vacina para a primeira dose, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) só vai reabrir os 17 postos de vacinação quinta-feira (15), mas só para aplicação da segunda dose que já estava em estoque. Terça-feira, muitos curitibanos que foram se imunizar conforme a data de aplicação da segunda dose que constava na carteirinha de imunização encontraram os postos fechados. "A data da carteirinha é apenas uma sugestão, usada especialmente para a população mais idosa, e está sujeita a alteração para se adequar ao cronograma da Secretaria Municipal de Saúde, sem prejuízo à eficácia dos imunizantes", explica a prefeitura em nota.

"O calendário, elaborado e divulgado pela prefeitura de Curitiba atende os intervalos entre a primeira e segunda dose indicados pelas pesquisas mais atualizadas sobre as vacinas contra a covid-19. Ao longo dessa campanha de vacinação houve mudança nos intervalos de alguns imunizantes e, além disso, o calendário divulgado também observa o melhor aproveitamento logístico da vacinação de segunda dose na capital", prossegue a prefeitura sobre porque os postos não aplicaram segunda dose terça e quarta.

Desde segunda-feira (11), quando aplicou a sobra do lote de 35 mil doses que recebeu sexta-feira (9) na repescagem de professores e pessoas com comorbidades, Curitiba está com o estoque zerado para dar continuidade na aplicação da primeira dose em todos os grupos. Cenário que se repete em outras cidades, como Maringá, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Cascavel, entre outras. Outros municípios, como Ponta Grossa e Guarapuava, aplicarão poucas doses na primeira aplicação até receberem nova remessa, apenas em grávidas e mulheres que tiveram filho recentemente com o estoque que sobrou do grupo por idades.

O Ministério da Saúde anunciou a entrega de 41 milhões de doses para todo o país até o fim de julho. O Paraná terá direito a 5% deste total, o equivalente a 2 milhões de vacinas até 31 de julho.

Cronograma mantido

Mesmo com o atraso no envio de novos lotes de vacina para o estado, o secretário de Saúde Beto Preto confia que vai cumprir a meta de imunizar com a primeira dose todos os 8,7 milhões de paranaenses com mais de 18 anos até o fim se setembro. "Nosso cronograma está mantido. No nosso planejamento já havia previsão de algum obstáculo, de alguma falta de entrega de vacina", justificou o secretário na RPC.

Até terça-feira (13), 4,9 milhões de pessoas já estavam vacinadas com a primeira dose, o equivalente a 56,3% do total da população adulta do estado. Já os paranaenses com a imunização completa com duas doses ou a dose única da vacina da Jansen era o total de 1,6 milhão, representando 18,3% da população acima de 18 anos.

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