A Copel anunciou nesta quarta-feira (21) um aumento médio de 10,5% nas contas de energia elétrica dos clientes da empresa. O reajuste, definido pela companhia e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já passa a valer a partir do próximo sábado (24).
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Em um comunicado oficial da Copel ao mercado, feito nesta quarta-feira, a empresa explicou que os fatores que mais impactaram no cálculo da revisão foram os custos com transporte, encargos setoriais e retirada de componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário. O reajuste é calculado com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que nos últimos 12 meses teve um acumulado de 3,94%.
De acordo com a Aneel, o reajuste para as ligações de alta tensão ficou em 8,31%. Para os demais consumidores, como os clientes residenciais, moradores da zona rural, iluminação pública e prédios públicos, por exemplo, o reajuste nas contas foi maior, de 11,73%.
Parte da tarifa é composta pelo que a companhia chama de Fator B, formada por custos operacionais, anuidades, remuneração e depreciação. Este Fator B colaborou com 0,47% da composição do reajuste tarifário. Já o Fator A, definido pela Copel como o agrupamento dos custos com encargos, transporte e energia, representou um aumento de 9,66% na composição do reajuste tarifário. O índice, explicou a empresa, refletiu o aumento de encargos como o componente Conta de Desenvolvimento Energético, que variou R$ 386,8 milhões, e dos custos com transporte, em especial da Rede Básica, que variou R$ 491,5 milhões.
Maior reajuste desde 2018
Este é o maior reajuste anual aplicado pela Copel desde 2018. Naquele ano, o reajuste tarifário anual médio foi de 15,99%. Em 2019, a taxa de aumento médio foi de 3,41%, seguida por um reajuste médio de 0,41% em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid 19. Na revisão tarifária periódica, realizada em 2021, o índice médio de aumento aplicado foi de 9,89%, e no ano passado o aumento médio nas contas pelo reajuste anual foi de 4,90%.
Segundo aumento seguido na conta de energia em 2023
É o segundo aumento seguido na conta de luz dos paranaenses em 2023. No final de fevereiro, uma decisão do ministro do STF Edson Fachin autorizou a volta da cobrança do Imposto Estadual sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na transmissão de energia elétrica. A cobrança havia sido suspensa por uma lei complementar aprovada pelo Congresso Nacional em 2022. Na época, a estimativa da Copel era de que as contas de energia elétrica ficassem em média 11% mais caras a partir de março de 2023.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Copel disse que os dois casos são diferentes entre si. O aumento na conta provocado pela decisão de Fachin se refere a um imposto cuja cobrança havia sido suspensa, e retornou após a liminar, explicou a empresa. Sobre o reajuste da tarifa aplicado agora, a Copel afirmou que apenas a chamada Parcela B, que aumentou 0,47%, fica como remuneração para a companhia. O reajuste maior, aplicado na Parcela A, é utilizado para custeio e pagamento de tributos.
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