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Programação está no currículo escolar dos estudantes do Paraná desde 2021
Programação está no currículo escolar dos estudantes do Paraná desde 2021| Foto: Silvio Turra/SEED-PR

Os alunos da rede de ensino do Paraná foram avaliados em cálculo e programação no exame global Test Of Fundamental Academic Skills (Tofas), promovido pelo grupo Sprix no Japão. Os resultados das provas feitas por 1.173 estudantes paranaenses e 17 mil japoneses foram divulgados no mês de abril.

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O teste avalia o desempenho dos estudantes do Ensino Médio e Fundamental nas áreas de cálculo e programação, visando dimensionar o nível de aprendizagem dos alunos.

“O Paraná já tem no seu currículo o ensino de programação e robótica, que é diferente de outros estados. A maioria trabalha o tema de forma transversal, ou seja, dentro da matéria de matemática, ciências ou física. Para os estudantes do Paraná, há uma matéria somente de programação. Isso chamou a atenção do Tofas que buscou o Paraná para fazer uma avaliação”, explica o secretário da Educação do Paraná, Roni Miranda.

Após a primeira participação do Paraná com o teste amostral, a ideia é que 250 mil estudantes do estado façam o exame. “Os meninos de 10 a 11 anos, do sexto e sétimo ano, foram muito bem comparado aos japoneses. Nós fomos melhores que os estudantes do Japão em uma competência digital”, afirma Miranda.

Paraná tem bom desempenho no comparativo com o Japão

Na competência de programação, teste visual nível 1, no exame de controle, conceito fundamental na programação que permite controlar o fluxo de execução de um programa, os brasileiros acertaram 78,6% e os japoneses 72,5%. No teste de processamento numérico, a taxa média de respostas corretas dos estudantes paranaenses foi de 85,1% e dos japoneses, 74,6%.  

“Isso significa que os estudantes demonstraram que aprenderam sobre a criação de blocos. A programação em blocos é quando se forma um código para comando em relação a uma proposta de programação”, explica o secretário da Educação.

Na competência de JavaScript, os japoneses se destacaram mais do que paranaenses. No exame de controle, os estudantes da rede de ensino tiveram uma média de acertos de 63,8% e os japoneses, 76,7%. No teste de operadores, a taxa de respostas corretas foi de 64,1% dos alunos do Paraná e do Japão, 82,3%. No exame de variáveis, os paranaenses tiveram uma taxa média de 74,6% e os japoneses, 74,2%.

“Java é um componente mais complexo, mas temos investido. A partir de agora, todos os estudantes do Ensino Médio da rede de ensino do Paraná têm Java Script no currículo. Então, eles aprendem Java do primeiro ao terceiro ano, reforçando a disciplina.”

Miranda afirmou que as pesquisas são importantes para entender o panorama de desenvolvimento dos alunos. “As pesquisas trazem essas informações e nós usamos para trabalhar com os nossos estudantes e professores. Principalmente, os professores, para que eles abordem com mais aprofundamento essas áreas e que se se detenham mais tempo nos conteúdos”, ressalta.

Paraná foca ensino em matemática e cálculo

Para o secretário de educação do Paraná, Roni Miranda, o resultado do exame é consequência dos projetos com investimentos no ensino de matemática.

“Em todas as redes, no setor público e privado, há uma tendência dos alunos não irem bem em matemática. Então, a gente buscou tornar a temática mais divertida, mais lúdica. Inserimos a robótica e programação e trouxemos a plataforma de educação Matific”, comenta Miranda, que explica que a plataforma traz os conceitos da matemática e cálculo em forma de atividades e jogos interativos.  

O componente curricular de programação está no currículo escolar desde 2021 no Paraná, com objetivo de formação dos alunos na área de tecnologia e inovação.

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