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XVIII CONPARH

Congresso debate o papel dos recursos humanos na era da inteligência artificial

Participantes acompanham palestra durante o CONPARH 2024, em Curitiba; edição deste ano debate o papel do fator humano na era digital
Participantes acompanham palestra durante o CONPARH 2024, em Curitiba; edição deste ano debate o papel do fator humano na era digital (Foto: Leandro Provenci/ XVII CONPARH)

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Em um mundo corporativo cada vez mais orientado por dados, automação e inteligência artificial, o XVIII Congresso Paranaense de Recursos Humanos (CONPARH) convida lideranças a refletirem sobre o que só o humano é capaz de fazer. Promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR), o evento acontece nos dias 22 e 23 de outubro, no Viasoft Experience, em Curitiba, e deve reunir cerca de 2 mil participantes entre executivos, gestores e profissionais de RH.

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Consolidado como o maior evento de gestão de pessoas do Paraná, o CONPARH chega à sua 18ª edição com o tema “Tudo que só o humano é capaz de fazer” — uma provocação direta em meio ao avanço acelerado das tecnologias. Serão mais de 70 especialistas nacionais e internacionais em uma programação que inclui palestras magnas, painéis simultâneos, feira de negócios e uma sala imersiva voltada ao desenvolvimento humano.

De acordo com Gilmar Silva de Andrade, presidente da ABRH-PR, o diferencial do congresso está em integrar performance, inovação e bem-estar. “Equilibrar produtividade e saúde mental deixou de ser pauta complementar e passou a ser pilar estratégico. O XVIII CONPARH mostra que cuidar de pessoas não é uma ação pontual, mas parte da estratégia. Empresas que humanizam seus processos sustentam melhores resultados a longo prazo”, afirma.

Fórum de CEOs: tecnologia, propósito e bem-estar em debate

Antes da abertura oficial, no dia 21, executivos de grandes companhias participam do Fórum de CEOs, que antecipa as discussões do congresso com uma imersão sobre o papel da liderança no equilíbrio entre tecnologia e bem-estar. O encontro será realizado no formato World Café, estimulando a troca de experiências e reflexões sobre como o uso intensivo de tecnologia tem impactado a cultura e a saúde mental nas organizações.

Para Andrea Gauté, diretora de Curadoria e Gestão do Conhecimento da ABRH Brasil, o fórum tem um papel estratégico por abrir o evento a partir da visão da alta liderança. “Quando CEOs discutem a convivência entre tecnologia e bem-estar, eles nos lembram de algo essencial: o futuro das organizações não se constrói apenas com inovação digital, mas com responsabilidade humana”, explica.

Segundo ela, decisões sobre tecnologia são, antes de tudo, decisões sobre pessoas. “Produtividade não pode estar dissociada de saúde mental, cultura organizacional e propósito. Esse é o grande ponto de inflexão que o CONPARH traz — a percepção de que a competitividade do futuro nasce de empresas que compreendem e respeitam os limites humanos”, acrescenta Gauté.

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O fator humano como vantagem competitiva

A diretora do XVIII CONPARH, Vera Lúcia Mattos, destaca que o congresso foi concebido a partir de pilares que refletem o que há de mais essencial no comportamento humano. “Enquanto a inteligência artificial avança em eficiência, o humano avança em consciência. Só nós conseguimos atribuir significado, interpretar contextos complexos e tomar decisões baseadas em valores”, afirma.

Os cinco pilares do evento são: Liderança — resultados que nascem das pessoas; Empatia, cuidado e conexões genuínas; Pertencimento e cultura, o elo invisível; Criatividade, intuição e inovação com alma; e Responsabilidade humana e tecnologia a serviço do humano.

“Buscamos conteúdos que despertem profundidade e relevância. Queremos inspirar os participantes a revisitar o papel do humano nas organizações, resgatando competências como empatia, sensibilidade, ética e coragem para inovar com alma”, completa Vera.

Além das plenárias e painéis temáticos, o congresso traz novidades. A Feira de Negócios, aberta ao público e gratuita, reunirá empresas e startups de soluções para gestão de pessoas. Já a Sala Imersiva propõe experiências sensoriais e vivências práticas voltadas ao autoconhecimento e ao desenvolvimento humano.

Segundo Luis Humberto de Quental, vice-presidente financeiro e de mercado da ABRH-PR, o objetivo é criar um ambiente de aprendizado e conexão. “Mais do que conhecer soluções inovadoras, queremos que os congressistas construam parcerias reais, que se transformem em projetos e oportunidades de crescimento. O CONPARH é um espaço de trocas verdadeiras”, diz.

Entre os palestrantes confirmados estão Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza e Grupo Mulheres do Brasil), Mafoane Odara, Adriano Lima, Daniel Spinelli, Ricardo Voltolini, Franciele Maftum e Giba Godoy, entre outros nomes de referência em liderança humanizada, neurociência, diversidade e sustentabilidade.

Recursos humanos no centro das estratégias empresariais

O XVIII CONPARH reflete um momento de transição no papel dos profissionais de recursos humanos dentro das organizações. Diante de um cenário de mudanças aceleradas, o RH deixa de ser apenas um gestor de processos para se tornar protagonista na construção de culturas mais éticas e inovadoras.

Para Gilmar de Andrade, esse é o grande movimento que o congresso busca fortalecer. “O profissional de recursos humanos será o guardião do fator humano nas empresas. Cabe a ele influenciar decisões estratégicas, formar líderes conscientes e garantir que a inovação venha acompanhada de propósito e humanidade”, afirma.

Ele reforça que, na era da inteligência artificial, o diferencial competitivo não estará apenas em como as empresas usam tecnologia, mas em por que e para quem fazem isso. “A tecnologia pode otimizar processos, mas apenas o humano é capaz de criar sentido. E é esse sentido que conecta pessoas, inspira equipes e constrói organizações verdadeiramente sustentáveis”, conclui Gilmar.

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