A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) inicia nesta sexta-feira (12) uma consulta pública sobre os serviços da balsa (ferryboat), na Baía de Guaratuba, e da travessia da Ilha do Mel. Os usuários podem analisar as condições de higiene das embarcações e instalações, a pontualidade, bem como o cumprimento do tempo de travessia. Também podem ser considerados os preços cobrados e a qualidade dos serviços prestados.
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De acordo com a Agepar, a definição de indicadores para medição da qualidade dos serviços prestados nas travessias marítimas é necessária para a formalização dos parâmetros que serão utilizados para o monitoramento da qualidade dos serviços.
Quem tiver interesse de opinar sobre os serviços disponíveis no litoral do Paraná pode participar até o dia 11 de junho, pelo site da Agepar. Na página estão disponíveis a nota técnica que fundamenta a proposta e a minuta de resolução com detalhamento dos indicadores sugeridos. Não serão analisadas contribuições anônimas, conforme vedação constitucional ao anonimato, prescrito no art. 5º, inc. IV, da Constituição Federal. As contribuições serão analisadas em conjunto.
Sugestões focadas em ESG e na comunidade litorânea
Izabella Alonso Soares utiliza o serviço do ferryboat com frequência. Ela, que tem casa de veraneio em Guaratuba desde criança, é advogada especialista em ESG - sigla em inglês para as palavras enviromental (meio ambiente), social (social) e governance (governança) - acredita que muitas adequações calcadas nesses pilares podem resultar em melhorias no serviço oferecido pelo ferryboat.
"É preciso pensar em diminuir os impactos ambientais desse serviço fundamental para Guaratuba e para o litoral do Paraná. Desde iniciativas simples, como colocar mais lixeiras nas embarcações e fazer campanhas de divulgação para orientar aos usuários a não jogarem lixo no mar, até as mais complexas, como repensar a energia utilizada. Existem serviços similares que utilizam energia solar, em vez de combustível fóssil. São sugestões ao ferryboat que podem ser replicadas para os barcos de travessia para a Ilha do Mel", opina.
Na área social, Izabella avalia que é preciso pensar nos funcionários e nos moradores das comunidades que dependem do serviço. "Na governança, seria ideal que os responsáveis pelas empresas divulguem, de maneira simples e transparente, os resultados financeiros da operação. Hoje não é qualquer cidadão que tem capacidade de achar esses dados tão importantes. Somente quem tem acesso e condições técnicas consegue verificar", diz ela.
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