Durante anúncio da ampliação da rede hospitalar, na manhã desta quinta-feira (26), o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) prometeu para a sexta-feira (27) um “pacote robusto” de medidas econômicas para ajudar pequenos empresários e autônomos, que estão sendo afetados diretamente pelo fechamento do comércio de produtos e serviços. O conjunto de ações vem sendo adiado há mais de uma semana – outras datas foram agendadas e posteriormente canceladas.
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É que o Paraná está com dificuldades de encontrar formas de auxiliar quem não tem salário nem é enquadrado como população vulnerável (para os mais carentes foi instituída uma ajuda mensal de até R$ 200 por família, além de outros benefícios, como distribuição de comida e garantia de energia elétrica e água). Segundo o secretário estadual de Fazenda, Renê Garcia Júnior, cabe ao governo federal encontrar caminhos para ajudar empresários e profissionais liberais.
A presidência da República divulgou, durante a semana, que vai liberar R$ 88 bilhões para dar suporte aos estados e que pretende suspender o pagamento da dívida pública. Além disso, para os autônomos, foi anunciado um auxílio de até R$ 200. “A intervenção macro, só pelo governo federal. O que nos cabe, no máximo, é um direcionamento de crédito”, pondera o secretário estadual. Além das barreiras financeiras, haveria, segundo Garcia, a dificuldade de rastrear e identificar quem realmente precisa de ajuda. Ele conta que a Fomento Paraná está buscando uma solução para conseguir chegar diretamente aos empresários e autônomos que necessitam de auxílio.
Um dos desafios é o entrave bancário. Depender de abertura de contas ou mesmo de não ter dívidas ou atrasos para receber o auxílio pode significar que muitos afetados pela crise não conseguirão ter acesso a financiamentos ou mesmo a algum tipo de ajuda a fundo perdido (sem retorno). Garcia Junior destaca que a legislação para concessão de créditos e auxílios é muito rigorosa (para evitar desvios, mas o que acaba se tornando uma burocracia em situações urgentes). Ele comenta que talvez tenha de se encontrar uma saída que se assemelhe à tese do helicóptero, do economista Milton Friedman, que sugeriu, como forma de eliminar intermediários, que o dinheiro para necessitados fosse jogado. No caso atual, uma alternativa seria algum tipo de conta direta no Banco Central.
A falta de medidas na área econômica acaba se refletindo em cobranças intensas. Em todas as publicações do governo nas redes sociais, e durante os pronunciamentos ao vivo, são muitos os questionamentos sobre quais serão as ações implementadas para melhorar a situação de quem não tem salário fixo e teve a fonte de renda interrompida. Muitos acabam pedindo a reabertura do comércio, por causa da preocupação com a situação financeira. Durante o pronunciamento desta quinta-feira (26), Ratinho Junior comentou que o cenário está sendo reavaliado diariamente, mas que, por enquanto, permanece a recomendação vinda da área de saúde para evitar aglomerações e incentivar o isolamento.
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