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Autor do projeto de lei que deu origem à Lei do Fiagro, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), diz que medida auxilia na obtenção de recursos com condições benéficas ao produtor rural.
Autor do projeto de lei que deu origem à Lei do Fiagro, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), diz que medida auxilia na obtenção de recursos com condições benéficas ao produtor rural.| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

De forma semelhante aos fundos imobiliários (FII), os Fundos de Investimentos das Cadeias Agroindustriais (Fiagro) viabilizam investimentos em terras e na atividade agroindustrial. A lei possibilita a ampliação no número de investidores no setor e permite a participação tanto de pessoas físicas quanto de investidores institucionais. De autoria do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), o Fiagro visa redução de custos e o caráter sustentável, beneficiando pequenos produtores sem deixar de lado médios e grandes.

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Para Jardim, o agro brasileiro soube compreender as novas atribuições que surgiram e se tornaram responsabilidade do segmento. Para ele, o Fiagro é um símbolo de como caminhar com as próprias pernas e com menos gastos. “É uma forma de criar instrumentos próprios e levar independência ao setor que alimenta o Brasil e o mundo e com redução de custos, pois você empresta direto para o produtor”, disse.

O autor do projeto que deu origem à Lei do Fiagro ressalta, ainda, que o intuito da lei é que ela atinja, de forma positiva, os pequenos produtores e possa complementar o leque de financiamentos do agro. “Todo recurso é extremamente importante, especialmente para nós que abraçamos a sustentabilidade. Nós queremos que o pequeno possa usufruir das vantagens que os fundos oferecem e consiga crescer ainda mais”, explicou.

Recursos escassos demandam novos instrumentos

Apesar de ser considerado o motor da economia do país e representar um terço do Produto Interno Bruto (PIB), o setor agropecuário acaba passando por maus bocados, muito por conta das intempéries climáticas que assolam o Brasil todos os anos.

Com a presença desses fenômenos da natureza, os recursos separados pelos governos para auxílio na produção e manutenção da lavoura acabam de forma rápida, deixando prejuízo para o campo e graves consequências no meio urbano, seja no alto preço dos produtos nos supermercados ou à nível global, com as exportações. Para tanto, segundo Jardim, o Fiagro também pode ser uma saída.

"Foi exatamente para isso que os Fiagro foram criados: para aproximar o mercado de capitais do agronegócio e canalizar recursos de investidores para atividades agropecuárias. Um financiamento mais barato, com prazo mais acessível e com garantias mais executáveis. O crescimento do setor depende de fontes de crédito", ressaltou.

Além de ampliar as fontes de recurso, o Fiagro aparece como uma opção de investimento, em especial para o pequeno investidor, diz o parlamentar. "Aqueles que não tinham acesso a esses ativos desde o surgimento do Fiagro podem usufruir dos ganhos de um dos setores que mais cresce na economia brasileira. A entrada de mais investidores aumentará a liquidez, a transparência e a segurança jurídica para o agro", argumenta Jardim.

Com mais de 80 Fiagros registrados na Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e 43 cotados na B3 (Bolsa de Valores do Brasil), o fundo se torna alternativa ao Plano Safra e a outras fontes de financiamento para ampliar recursos e barateá-los.

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