O vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel Slaviero, é filiado ao PSDB desde janeiro de 2013, tendo autuado, inclusive, como presidente municipal do partido. Mas ele não descarta deixar as origens, sair do ninho tucano e voar para outra legenda, em busca de mais espaço para as eleições do ano que vem. Ele reconhece o momento de fragilidade do PSDB, em função de uma série de denúncias, e admite que tem recebido convites, como do Podemos. Não crava nada para o futuro.
Depois de deixar o cargo de secretário municipal de obras para que o irmão Daniel pudesse assumir a presidência da Copel, em respeito à lei das estatais, ele se concentra no trabalho de articulação política. Neto do ex-governador Paulo Pimentel e ex-assessor especial na gestão de Beto Richa, Eduardo fala também da relação de companheirismo e respeito com o prefeito Rafael Greca. Durante a semana, com a viagem do titular a Barcelona, para participar do Congresso Mundial de Inovação, o vice assumiu o cargo de prefeito, posto que ocupa até este sábado (23).
Em tempos de crise no PSDB, é possível o eleitor curitibano acreditar e votar na legenda?
Realmente confesso que o partido passou por uma crise nacional e estadual, mas o que faz partido são as pessoas. Aqui no Paraná o partido está se renovando, nosso presidente estadual é o Paulo Litro um jovem de 28 anos do Sudoeste do Paraná com grande potencial. Nós [jovens] estamos tendo uma grande oportunidade de refazer a história. Cabe a nós não errarmos. Essa é a nossa responsabilidade. Eu estou animado, acho que a política pode, sim, ser feita com valores e eu convido todos os jovens que queiram ocupar espaço a entrar na política.
Como está a sua relação com o PSDB?
Foi um partido muito forte nacionalmente, teve o FHC como presidente da República que fez reformas políticas importantes. Entrei na juventude no partido, fiz grandes contribuições na prefeitura, no estado e por isso acabei entrando no PSDB.
O deputado Fernando Francischini (PSL) declarou que o convidou para integrar uma chapa em 2020. Existe a possibilidade dessa aliança?
Essa conversa política tem sido feita, mas estou fazendo parte de uma chapa com o Rafael Greca e se ele tiver o interesse de manter a chapa, eu vou ficar lá. A relação política é boa, a relação pessoal é boa e de respeito. Também me dou bem com Francischini, com o Ney Leprevost, com o Gustavo Fruet e com o pessoal da esquerda também. Mas não deve haver essa composição porque eu serei vice de Rafael Greca ou terei que escolher outro caminho. O que eu não posso é ser vice de outro candidato, ou serei considerado um eterno vice.
Quais estão sendo os principais desafios da gestão?
Saúde e educação. Tem a questão constante de contratação de professores; e na saúde o investimento é muito forte. Também temos a questão do lixo. Estamos fazendo testes de queima, depois da separação para a reciclagem, nas cimenteiras. Quem sabe a médio ou curto prazo a gente consiga acabar com o lixo da cidade.
Quais devem ser seus próximos passos?
Tenho interesse em manter a chapa no ano que vem, ser o vice-prefeito se Rafael Greca for para a reeleição, o que vem demonstrando. É claro que eu sonho em ser prefeito de Curitiba é claro que tenho sonhos mais altos, mas isso tudo depende do tempo e de muito trabalho.
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