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Encontro no IEP

EPR detalha investimentos e desafios nos lotes 2 e 6 de rodovias no Paraná

Marcos Moreira, presidente da EPR Iguaçu e Litoral Pioneiro, durante palestra no Instituto de Engenharia do Paraná sobre os investimentos e desafios dos lotes 2 e 6 das concessões de rodovias
Marcos Moreira, presidente da EPR Iguaçu e Litoral Pioneiro, durante palestra no Instituto de Engenharia do Paraná sobre os investimentos e desafios dos lotes 2 e 6 das concessões de rodovias (Foto: Ana Paula Pickler/Especial para a Gazeta do Povo)

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O presidente da EPR Iguaçu e Litoral Pioneiro, Marcos Moreira, apresentou, nesta quinta-feira (14), um panorama das entregas e desafios que envolvem os lotes 2 e 6 do novo programa de concessões de rodovias no Paraná. A explanação ocorreu durante o "Café da Manhã com o Presidente", evento no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), em Curitiba, e reuniu engenheiros, empresários e representantes de entidades ligadas à infraestrutura.

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Com mais de duas décadas de experiência no setor, o executivo destacou que a atual modelagem contratual é fruto de ampla participação popular e aprendizado com erros do passado. “O programa anterior, de 1996, nasceu sem estofo regulatório e acabou politizado. Hoje temos um ambiente mais técnico, com regras claras e compromissos de investimento para todos os trechos”, afirmou.

A EPR administra dois dos lotes mais estratégicos do programa: o lote 2 (EPR Litoral Pioneiro) e o lote 6 (EPR Iguaçu) — as novas concessões rodoviárias do estado estão divididas num total de seis lotes. Juntas, as concessões somam R$ 25,2 bilhões em investimentos e quase R$ 14 bilhões em custos operacionais ao longo de 30 anos, beneficiando cerca de 5,5 milhões de pessoas em 59 municípios.

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Entre as principais obras previstas pela concessionária — determinados em contrato — estão 812 quilômetros de duplicações, quase 260 dispositivos de interconexão em desnível, 90 passarelas, 30 quilômetros de iluminação em serra, 5 pontos de parada e descanso, além de duas áreas de escape, uma delas na Serra da Esperança.

Somente no trecho de concessão da EPR Litoral Pioneiro, R$ 8 bilhões precisam ser aplicados nos primeiros sete anos. Moreira frisou que a prioridade é executar intervenções em todos os trechos, sem concentrar investimentos em áreas mais rentáveis. “Jacarezinho, por exemplo, foi uma das regiões que menos recebeu obras no ciclo anterior. Agora, será uma das primeiras a ter aumento de capacidade”, disse.

O presidente da EPR também alertou para os gargalos que o setor enfrenta. Licenciamento ambiental, capacidade limitada das empresas de engenharia e concorrência com outros estados por mão de obra qualificada podem impactar o cronograma, aponta ele. “Estamos falando de um volume inédito de obras. Somando os seis lotes do Paraná, há potencial para mais de 500 quilômetros de duplicações por ano. Isso exigirá organização e preparação prévia das empresas”, observou.

Hoje temos um ambiente mais técnico, com regras claras e compromissos de investimento para todos os trechos.

Marcos Moreira, presidente da EPR Iguaçu e Litoral Pioneiro

A estratégia da concessionária inclui promover encontros com empreiteiras paranaenses para antecipar os termos de referência e estimular a participação local. Moreira também destacou iniciativas de transparência, como o Observatório dos Pedágios da Fiep e a adoção de regulação responsiva pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Ao final da palestra, reforçou que o sucesso do programa depende de cooperação entre poder público, concessionárias e sociedade civil. “O lote 6 é o mais desafiador do estado. Vamos precisar de transparência, planejamento e parceria para transformar esse investimento em desenvolvimento e segurança nas estradas do Paraná”, concluiu.

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