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Franklin Vieira
Franklin Vieira da Silva morreu aos 78 anos, em Maringá| Foto: Divulgação

Quando começou na comunicação como locutor de rádio, Franklin Vieira da Silva ainda estava trocando de voz. Adolescente de 15 anos, ele reportava os fatos de Maringá (PR) na Rádio Cultura AM da cidade, veículo de comunicação do qual, mais tarde, ele seria dono. Nos 78 anos de vida, fez televisão, foi apresentador de programas, colunista social, empresário e dono d’O Diário do Norte do Paraná, tradicional jornal maringaense. Franklin faleceu no dia 13 de setembro após cirurgia para a retirada de um tumor.

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Apesar de ter se formado advogado, foi como comunicador que ele encontrou sua verdadeira vocação. Levou os princípios disso não apenas para a profissão, como para as relações sociais. Homem educado e de fino trato, transformou O Diário por muitos anos em sua sala de convivência com jornalistas, políticos e pessoas públicas. Todos queriam sentar e tirar uma foto ao lado de Frank no famoso sofá listrado de sua sala no jornal.

Mesmo longe da apuração jornalística, gostava de acompanhar de perto a organização da primeira página, a escrita da manchete, caminhar pela redação e, no rádio, até entrar no estúdio para fazer perguntas junto com o radialista que fazia uma entrevista.

Nascido em Limeira (SP), passou com a família por Campinas e Rolândia antes de fixar moradia em Maringá. Na cidade, a mãe tinha uma pensão na Avenida Paraná, na qual recebia muitas pessoas de diferentes localidades. Essa convivência variada e a chegada tardia dos irmãos incentivou a sociabilidade de Franklin, que durante toda a vida circulou de forma igual por diferentes rodas. “Ele tinha uma presença de espírito rara. Para tudo tinha uma tirada inteligente, um sorriso ou uma palavra”, conta a esposa Patricia Rodrigues Vieira da Silva, colunista social.

Presidiu o Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná (Sindejor-PR), fundou e foi presidente da Associação de Jornais do Interior (Adjori) e foi membro da Associação Brasileira de Jornais (Abrajori), da Sociedade Interamericana de Imprensa e da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Entre os prêmios e homenagens pela contribuição à sociedade, estão os títulos de cidadão honorário do Paraná e de cidadão benemérito de Maringá.

Na vida particular, não media esforços para realizar as atividades que amava. Seja viajando, nadando ou pilotando lancha - ele adorava o mar - estava sempre buscando bons momentos, especialmente em família. Era tão ativo que aproveitava todo o tempo que tinha para se desenvolver. Durante o isolamento social provocado pela pandemia de covid-19, exercitou o inglês pela internet, espaço no qual também era bastante ativo por meio das redes sociais.

Na época em que tinha fazenda, cultivava pimentas e transformava-as em molhos e conservas para presentear os amigos. A voz galante que foi sua marca no rádio e como apresentador de TV também era exposta em canções. Quando convidado a cantar em uma festa, interrompia o que estivesse fazendo para soltar a voz.

Franklin deixa a esposa Patricia, os filhos Lucienne, Frank Jr., Michael e Enzo, e os netos Gabriela, Gustavo, Luana e Joaquim.

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