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Carlos Fávaro e Lula
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), colecionam promessas descumpridas ao setor agropecuário brasileiro.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Diante de mais uma semana de tensão, na qual o Ministério da Agricultura anunciou que pode ficar sem verba extra para o seguro rural, o setor agropecuário e o governo federal voltaram a ficar em rota de colisão. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal pelo Paraná, Pedro Lupion (PP), acusa o Executivo de descumprir mais uma promessa feita ao agro brasileiro.

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"Criou-se uma grande expectativa dentro do setor produtivo já que o pedido para o seguro rural nesta safra, inicialmente, girava em torno de R$ 2 bilhões. Foram prometidos R$ 500 milhões e somos surpreendidos com a negativa da quantia pelo Ministério da Fazenda. É uma decepção gigantesca", lamentou.

Lupion recorda que o país caminha para a quarta safra em defasagem e o seguro rural é primordial para que o sistema agropecuário consiga caminhar na velocidade e na qualidade que se espera de um país protagonista no segmento.

"Não existem condições de suportar as dificuldades sem o seguro rural. Estamos falando de um corte de R$ 140 milhões, de mais um anúncio de R$ 500 milhões que não vai mais acontecer e de R$ 1,5 bilhão que foi prometido e não há previsão. O Plano Safra fica completamente prejudicado com mais uma promessa descumprida do governo em relação ao agro", pontuou o parlamentar.

Paraná alagado

Como função primordial, o seguro rural pretende ser um instrumento colocado ao alcance do produtor rural para que este assegure a indenização em caso de perdas decorrentes, principalmente, de fenômenos meteorológicos. Esta é uma preocupação de Lupion especialmente no que concerne o Sul do país com as chuvas intensas.

"No momento que estamos vivendo com o Paraná e a região Sul alagada, sem contar o Norte do país com uma seca sem precedentes, o seguro rural é uma salvaguarda. A bem da verdade, não é nenhuma surpresa o que o atual governo tem feito com o setor agropecuário, com os produtores rurais e com o país", ressaltou Lupion.

Os prejuízos causados pelas intempéries climáticas e pela ausência de comprometimento do governo, não fincam péssimos resultados apenas no agro. De acordo com Lupion, as consequências de uma safra ruim por aqui são globais. "O agro é responsável por 30% dos empregos no Brasil, garante um terço do Produto Interno Bruto (PIB) e ainda alimenta mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo. Prejudicar o setor é impedir que haja comida no prato de incontáveis famílias", argumentou ele. Como em outros temas que geraram conflitos com o Executivo, Lupion afirmou que a bancada ruralista e o setor vão atrás de resoluções dentro do Congresso Nacional.

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