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Segundo painel do evento "Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade" discutiu a produção de hidrogênio verde no Paraná
Segundo painel do evento “Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade” discutiu a produção de hidrogênio verde no Paraná.| Foto: Alex Adam/SEPL-PR

O Brasil e, especialmente, o Paraná têm as condições para sair na frente e produzir hidrogênio verde a preços competitivos, segundo o secretário estadual de Planejamento, Guto Silva. "Alguns países têm uma carta para jogar no jogo do hidrogênio. O Brasil tem o baralho inteiro", afirmou ele durante o evento Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade, promovido pela Gazeta do Povo na última quarta-feira (1).

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Definido pelo secretário como a "energia do momento", o hidrogênio verde é obtido através de fontes renováveis. Pode servir como substituto de combustíveis fósseis e tem sido visto como uma alternativa para a descarbonização da economia no mundo todo. O problema, por enquanto, é o alto custo.

De acordo com Silva, o Paraná leva vantagem porque tem características que permitem a produção do hidrogênio verde por meio do biogás que, por sua vez, pode ser oriundo de dejetos de animais. "Poucos lugares no mundo têm a capacidade de produzir tanto biogás [quanto o Paraná]. O potencial de produção de hidrogênio verde [a partir dele] é imenso", completou o secretário.

Incentivo ao biogás

Segundo o governo estadual, o Paraná tem 169 plantas de biogás. Outras três serão inauguradas ainda neste ano. No evento Paraná em Perspectiva: Agro e Sustentabilidade, o governador Ratinho Junior (PSD) afirmou que deve lançar um programa de estímulo à produção dessa fonte de energia. A iniciativa incluiria a desoneração de insumos, a construção de gasodutos interligando propriedades e a criação de linhas de fomento.

"O mercado precisa de um empurrão. Nosso trabalho é criar o ambiente para que possamos avançar nesse setor", disse Silva.

Descarbonização da indústria

De acordo com Rodrigo Regis, consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no Paraná, o mercado de energia não pode mais ser pensado "em termos de kWh", ou seja, somente sob a ótica do consumo.

"O desafio do hidrogênio não é a geração de energia elétrica, e sim como usá-lo para fomentar cadeias produtivas dentro do estado e do país com mais eficiência energética. (...) Temos que pensar em novos negócios, na descarbonização da indústria", completou.

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