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Centro de Curitiba vazio
Centro de Curitiba vazio, durante toque de recolher| Foto: Geraldo Bubniak/Arquivo AEN

No Paraná, durante os 11 dias de vigência do decreto estadual 6.983/2021, o índice de isolamento social ficou, em média, em 37,9%. E só ultrapassou a marca de 35% considerando os finais de semana, quando a circulação de pessoas nas ruas tem uma redução esperada. Levando em consideração apenas os sete dias úteis do período de vigência do decreto, a média cai para 34,4%. Os números são da empresa Inloco (atual Incognia).

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Assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) como uma das medidas de combate à disseminação do coronavírus, o decreto suspendeu serviços e atividades não essenciais e ampliou a restrição de circulação das pessoas em vias públicas – com “toque de recolher” entre 20h e 5h (regra anterior definia entre 23h e 5h).

No período de vigência do decreto – entre 27 de fevereiro e 9 de março – o maior índice de isolamento foi registrado no primeiro domingo (28 de fevereiro), quando se atingiu 53,0%; e o menor índice, de 33,7%, foi registrado na última segunda-feira (8 de março).

No dia anterior à vigência do decreto, em 26 de fevereiro, o índice era ainda mais baixo, 28,4%, o menor desde o início da pandemia do coronavírus. No dia 10 de março, primeiro dia após o fim do decreto, o índice ficou próximo disso, 30,6%.

Os números estão longe de 70%, índice considerado ideal. Ao longo da pandemia, que nesta quinta-feira (11) completa um ano, a maior taxa de isolamento social no Paraná continua sendo aquela registrada em 22 de março de 2020, um domingo: 65,6%.

O próprio governo do Paraná reconhece que não houve a adesão esperada e tem utilizado a informação como uma das justificativas para não prorrogar a maior parte das medidas restritivas. Na quarta-feira (10), em uma manifestação que fez à juíza federal Luciana da Veiga Oliveira, da 3ª Vara de Curitiba, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) afirmou que as medidas restritivas não tiveram “efeito no índice de distanciamento social por falta de adesão firme da população” e explicou que aposta em “conjunto de ações” para reduzir a ocupação hospitalar.

O governo estadual se refere a medidas como aumento da fiscalização policial para combater aglomerações e campanhas de comunicação sobre a necessidade do uso da máscara e da higienização das mãos, por exemplo. A manifestação ocorreu no bojo de uma ação civil pública encabeçada pelo Ministério Público do Estado, que, entre outras coisas, pede a prorrogação das medidas restritivas do decreto 6.983.

Nesta quinta-feira (11), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra um total de 740.955 pessoas já infectadas pelo coronavírus e 13.053 mortos em decorrência da Covid-19. Atualmente, 1.185 pessoas com sintomas da doença aguardam na fila por um leito hospitalar no Paraná, revela boletim da Sesa de quarta-feira (10).

Confira abaixo o índice de isolamento social no Paraná medido pela Inloco durante a vigência do decreto 6.983/2021:

  • 09/03 (terça-feira) – 34,8%
  • 08/03 (segunda-feira) – 33,7%
  • 07/03 (domingo) – 50,5%
  • 06/03 (sábado) – 34,4%
  • 05/03 (sexta-feira) – 33,9%
  • 04/03 (quinta-feira) – 34,5%
  • 03/03 (quarta-feira) – 34,1%
  • 02/03 (terça-feira) – 34,7%
  • 01/03 (segunda-feira) – 35,1%
  • 28/02 (domingo) – 53,0%
  • 27/02 (sábado) – 39,1%
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