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Inflação
Imagem ilustrativa.| Foto: Daniel Castellano/Arquivo Gazeta do Povo

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) lançou nesta quinta-feira (15) o Índice de Preços Regional do Paraná (IPR). O indicador leva em conta o valor de 35 itens da cesta básica de alimentos em seis municípios-polo: Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, captando assim as dinâmicas de preços regionais e da inflação nessas regiões do estado.

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Até então, o Paraná contava com apenas um índice de inflação, e as variações de preço constatadas na capital influenciavam esse indicador em todo o estado. Agora, ressalta o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado, vai ser possível identificar as características regionais da inflação no entorno dessas cidades escolhidas para o cálculo do IPR.

“A partir de agora, municípios importantes do Paraná, que até hoje não tinham uma análise detalhada da inflação de alimentos, terão acesso a dados de excelente qualidade. Com esse serviço que o Ipardes está oferecendo, as maiores cidades do Paraná vão conseguir saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que têm um reflexo relevante na vida dos cidadãos”, explicou.

O Ipardes vem trabalhando com uma série histórica iniciada em 2020. Dessa forma, será possível analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Paraná. “Até então, tínhamos apenas o IPCA medindo a inflação da Região Metropolitana de Curitiba, sem atender outros municípios que são polos de desenvolvimento no Paraná. Agora, temos uma visão mais regionalizada. Será possível elaborar políticas mais direcionadas em função do comportamento particular do índice de preços nas cidades”, explicou Curado.

Maringá tem a maior inflação regional do PR em 2022

No levantamento mais recente, de novembro, o Ipardes identificou uma inflação média de 1,29% em alimentos e bebidas no Paraná. O índice é 0,22 ponto percentual maior do que o verificado em outubro. No acumulado do ano, a inflação pelo IPR chegou a 15,85%. A maior variação nos preços entre janeiro e novembro de 2022 foi verificada em Maringá (17,35%). Curitiba ficou em segundo lugar (16,38%), seguida por Cascavel (16,03%), Ponta Grossa (15,8%), Foz do Iguaçu (14,98%) e Londrina (14,51%).

"Vilões" e "mocinhos" da inflação paranaense

Os produtos pesquisados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná, e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. Entre janeiro e novembro de 2022 a cebola foi o alimento com maior alta acumulada no estado, 155,31%. Banana (87,78%), maçã (78,15%), batata (41,97%) e biscoitos (39,15%) vêm em seguida na lista de maiores altas.

Na contramão da subida de preços, o feijão preto é destaque, com queda de preço de 12,19% no acumulado de 2022 no Paraná. Completam a lista de maiores reduções o feijão carioca (-7,89%), molhos e extratos de tomate (-7,88%), bisteca suína (-3,9%) e linguiça (-3,45%).

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