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Lançada pelo presidente Lula (PT) em 2010, para ser uma indutora da integração regional, 14 anos depois a universidade ainda não alcançou seu potencial.
Lançada pelo presidente Lula (PT) em 2010, para ser uma indutora da integração regional, 14 anos depois a universidade ainda não alcançou seu potencial.| Foto: Divulgação/Unila

O esqueleto da Unila, como é conhecido em Foz do Iguaçu (PR) o prédio de 13 andares cuja obra foi interrompida há nove anos, junto com outras construções que compõem o campus da Universidade Federal Latino-Americana, promete ganhar vida. A retomada das obras, paradas desde 2015, foi anunciada em 28 de fevereiro pelo Ministério da Educação, a um custo de R$ 752 milhões. O dinheiro será repassado pela Itaipu Binacional, por meio de um acordo de cooperação técnica.

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No ano passado, o diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, chegou a considerar elevado o valor inicialmente previsto para as obras, cerca de R$ 800 milhões. É o equivalente ao orçamento anual de um município de 182 mil habitantes como Guarapuava, no centro-sul do Paraná, cuja prefeitura prevê gastar R$ 755,5 milhões em 2024. Seria necessário, segundo Verri, adaptar o projeto das obras do campus da Unila para chegar a um orçamento mais módico, conforme ele disse à época em entrevista para a Gazeta do Povo. O valor anunciado no fim do mês passado, no entanto, não mostrou grande alteração. O que houve?

“O valor de R$ 752 milhões é resultado da atualização de valores da construção civil e inclusão de outros serviços que se apresentaram necessários, como o diagnóstico de patologia das edificações, bem como a revisão dos projetos executivos. Ademais, o valor é estimativo e no processo de licitação poderá haver uma redução em razão da concorrência”, respondeu Verri, por meio da assessoria.

A licitação, a contratação da construtora e a fiscalização das obras ficarão a cargo do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), que será o gestor do empreendimento. O objetivo é ter um gestor independente especializado e evitar o que aconteceu na primeira tentativa de construção, interrompida em 2015 após batalha judicial entre o governo federal e o consórcio vencedor da licitação.

Em duas semanas, informa a Itaipu, uma empresa iniciará o levantamento topográfico e o diagnóstico das estruturas. O objetivo é concluir as obras em três anos, com entregas em etapas. O primeiro prédio previsto para ser concluído será o refeitório. A seguir, virão o edifício central e o bloco de salas de aula.

Unila não alcançou metas traçadas

Lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2010, para ser uma indutora da integração regional, 14 anos depois a universidade ainda não alcançou seu potencial. Deveria tem 50% de alunos estrangeiros. Chegou a 39%. Esperava-se 10 mil estudantes. Tem 4.241.

O projeto do campus, que ocupa um terreno de 38 mil quadrados doado pela Itaipu, foi um dos últimos assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.  A conclusão vai permitir aos estudantes terem aulas em um local para chamar de seu.

Hoje, a Unila tem apenas um prédio próprio. Gasta R$ 8,247 milhões anualmente com o aluguel de três outros locais. O novo campus terá capacidade para atender 10 mil estudantes. “Representa um marco não apenas para nossa comunidade universitária, mas também para toda a região da tríplice fronteira”, diz a reitora, Diana Araújo Pereira.

Correção

O texto inicial informava o custo de R$ 8,247 milhões com o aluguel mensal de três outros locais para o funcionamento da Unila. A informação correta é que o valor se refere ao aluguel anual dos imóveis.

Corrigido em 14/03/2024 às 09:58
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