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Anderson Robson Barbosa segue preso preventivamente no Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropoltiana de Curitiba
Anderson Robson Barbosa segue preso preventivamente no Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropoltiana de Curitiba| Foto: Reprodução / RPC

Anderson Robson Barbosa, suspeito de matar a filha e a esposa a facadas quando a família morava no Japão, em agosto de 2022, se tornou réu nesta terça-feira (15). A Justiça Federal do Paraná aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Barbosa, que deve responder por duplo homicídio qualificado.

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O crime ocorreu em 21 de agosto de 2022 na casa da família, em Osaka. De acordo com a denúncia, Barbosa teria matado a esposa, Manami Aramaki, de 29 anos, e a filha Lilly, de 3 anos, porque não queria terminar o relacionamento. Segundo o Ministério Público, Aramaki teria manifestado o desejo de se separar de Barbosa “em virtude do comportamento abusivo e violento do acusado”.

O MPF segue, apontando que de acordo com informações cedidas pela polícia do Japão Barbosa tinha receio de que, “com o fim do casamento, perderia o visto de permanência” naquele país, onde já estava havia mais de nove anos.

Suspeito pediu dispensa de duas semanas do trabalho no Japão

Os crimes, de acordo com a polícia japonesa, podem ter ocorrido entre os dias 20 e 21 de agosto de 2022. Jornais japoneses divulgaram, à época do crime, que Barbosa pediu dispensa do trabalho por duas semanas, alguns dias antes das mortes. A polícia de Osaka divulgou imagens do suspeito andando pelo Aeroporto de Narita em 22 de agosto. Os corpos com marcas de golpes de faca só foram encontrados dois dias depois pelos policiais do Japão.

O suspeito só foi preso quase um ano depois, em 14 de julho, na cidade de São Paulo. Ele vinha sendo procurado pela Interpol desde a descoberta das mortes. Os mandados judiciais para sua prisão foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Mandado de prisão expedido no Japão contra Anderson Barbosa não vale no Brasil

Na época, a Polícia Federal informou em nota que “o mandado de prisão do Japão não tinha validade no Brasil. Foi expedido mandado de prisão pela Justiça Federal de Curitiba em razão de pedido de cooperação jurídica internacional enviada pelo Japão”.

Barbosa, que é natural de Londrina, segue preso preventivamente no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a denúncia oferecida pelo MPF e aceita pelo juiz federal substituto Murilo Scremin Czezacki, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o suspeito deve responder por duplo homicídio qualificado por motivo fútil com emprego de meio cruel, que dificultou e impossibilitou a defesa das vítimas, e por ter assassinado a própria filha menor de 14 anos. Ainda de acordo com a denúncia, o crime também deve ser qualificado como feminicídio.

Em nota, a defesa de Barbosa informou que “testemunhas serão chamadas ao processo e revelarão fatos importantes para demonstrar porque a acusação é injusta e excessiva”.

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