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Sede da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).
Sede da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).| Foto: Divulgação / Celepar

O marroquino naturalizado brasileiro Mehdi Mouazen, ex-assessor do governo do Paraná e chefe do setor de inteligência da Controladoria-Geral do Estado (CGE) foi nomeado para ocupar um novo cargo na administração pública. Ele foi exonerado do cargo na CGE na quinta-feira (21) e remanejado para outro posto, desta vez como assessor na Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar).

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A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado. O decreto foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e pelo chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega. Na função que ocupava na CGE, Mouazen recebeu em fevereiro deste ano um salário bruto de R$ 18,3, de acordo com o Portal de Transparência.

Em nota, o Palácio Iguaçu informou que essas mudanças de cargo são consideradas normais na administração pública. Ivo Ferreira Neto, atual diretor-geral da CGE, vai assumir interinamente a Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas da CGE.

Trabalho de Mouazen foi questionado por bancada de oposição

O trabalho de Mouazen no setor de inteligência da CGE foi questionado pela bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O deputado estadual Requião Filho (PT) levantou suspeitas de que programas de interceptação telefônica haviam sido utilizados para monitoramentos indevidos a partir da Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas da CGE, setor controlado por Mouazen.

À época, Ratinho Junior saiu em defesa do diretor de inteligência na CGE do Paraná ao responder que não tomaria nenhuma atitude, pois Mehdi não teria feito nada de errado. “Vai continuar trabalhando e cumprindo o papel dele”, rebateu, em entrevista à RIC Notícias.

O governo estadual negou que a função da Diretoria de Inteligência da CGE fosse para espionar e justificou dizendo que a pasta trabalha no acompanhamento e vistorias com objetivo de evitar fraudes em processos licitatórios, nepotismo e outros irregularidades na máquina pública.

O governador também garantiu que os programas contratados que rastreiam, monitoram e capturam informações de celulares são usados, exclusivamente, pelas forças policiais no estado com autorizações judiciais e que nunca foram utilizadas pela CGE para espionagem ou outras atividades.

Provocado, o Ministério Público do Paraná (MPPR) indeferiu a abertura de inquérito e determinou o arquivamento da investigação sobre as supostas irregularidades envolvendo o uso de “software espião” pela CGE. De acordo com a promotora Cláudia Cristina Rodrigues Martins Maddalozzo, existe “prova robusta” de que não houve acesso por parte de servidores da CGE aos sistemas de caráter restrito e exclusivo das forças de segurança do Estado.

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