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Superintendentes da Secretaria de Saúde afirmam que lockdown em Curitiba é necessário.
Superintendentes da Secretaria de Saúde afirmam que lockdown em Curitiba é necessário.| Foto: Reprodução

Representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa) afirmaram neste sábado (13) que a capacidade de atendimento do sistema de saúde em Curitiba está muito próxima do limite. A situação, classificada como crítica, levou a prefeitura a decretar lockdown por nove dias na capital, estabelecendo restrições mais severas a atividades e serviços.

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Durante entrevista coletiva, o presidente da Femipa, Flaviano Ventorim, disse que os hospitais de Curitiba estão próximos da lotação, em muitos casos não conseguindo dar conta de atender pacientes que procuram atendimento. “Estamos fazendo o possível para dar conta do atendimento. A ampliação de leitos é restrita, temos pacientes com outras doenças além da Covid. Não queremos chegar no momento de ter de escolher quem vai pro tubo ou não”, afirmou.

Para Flaviano, o lockdown é uma medida necessária no momento atual, em que existem em Curitiba cerca de 15 mil casos ativos – número de pessoas com potencial de transmissão do coronavírus. “Se não frearmos a curva de contágio, o sistema de saúde não dará conta. O lockdown é uma medida que ninguém gosta de tomar, mas é necessária para nos dar condições de atender quem está chegando na porta do hospital. É muito difícil receber 10, 15 ligações por dia e falar que não tem vaga”, desabafou.

A superintendente de gestão da Secretaria de Saúde, Flávia Celene Quadros, conta que a situação se agravou a partir da última quarta-feira (10), quando houve um crescimento acelerado no número de casos de Covid. “As medidas que tínhamos adotado não foram suficientes com a velocidade que a doença está sendo transmitida. Todos os pacientes estão sendo assistidos, mas vai chegar um momento em que talvez não vamos conseguir atender. Estamos no limite, não temos condições de esperar mais”, alertou.

A nova cepa do vírus, que circula no Brasil, tem transmissão mais acelerada e provoca o agravamento do paciente com mais rapidez. “Antes, levava sete, oito dias para a pessoa piorar. Hoje, no terceiro ou quarto dia ela está ficando gravemente acometida e necessitando de internação”, observa a superintendente executiva da secretaria, Beatriz Batistella Nadas. Além disso, a principal faixa etária acometida está entre 30 e 59 anos de idade, que apresenta mais resistência ao vírus e, por isso, os pacientes acabam ocupando por mais tempo os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo Beatriz, o sistema de saúde também enfrenta dificuldades para adquirir insumos e medicamentos, visto que a demanda aumentou em todo o mundo, e para conseguir pessoal qualificado. “O momento é de guerra, exige todos os esforços para resolvermos o problema”, ressalta. “Se tivermos uma ação efetiva nesses próximos dias, respeitando as restrições, conseguiremos ter reflexo também na entrada de novos pacientes”, conclui Flávia.

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