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Plínio Augusto Todeschini foi um dos fundadores do Malutrom.
Plínio Augusto Todeschini foi um dos fundadores do Malutrom.| Foto: Arquivo da família

Se nos anos 90 uma família de Goiás ou do Mato Grosso podia se deliciar com uma macarronada dominical usando macarrão Todeschini, tradicional massa paranaense, o mérito era de Plínio Augusto Todeschini, empresário responsável por expandir a distribuição dos produtos para além da terra das araucárias durante mais de 30 anos. Longe da origem, os macarrões e biscoitos conquistaram novos adeptos, e o então diretor de vendas Plínio conseguiu seu maior desejo, fazer a marca alcançar escala nacional. Aos 83 anos, ele faleceu por problemas cardíacos no dia 3 de setembro.

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Formado em Contabilidade, trabalhou na indústria fundada pelo avô desde muito jovem, e praticamente a vida toda – até 2010, quando se aposentou da função –  exerceu o mesmo cargo. No início, a empresa atendia apenas Curitiba e região. A ampliação capitaneada por Plínio começou pela região Norte do Paraná, passando pela inauguração das regionais catarinense e mato-grossense, pela chegada a Rondônia e ao Rio Grande do Sul.

A empresa que na década de 70 era a maior empresa de alimentos do Paraná passou a ser líder dos mercados do Sul e do Centro-Sul. “Foi um trabalho dele de longo prazo, lembro porque trabalhei junto. Foi a expansão de uma indústria regional para o mercado nacional”, conta o filho Paulo Roberto Todeschini. Ele completa que a marca, que hoje não é mais da família, atingiu seu auge nos anos 90.

Plínio foi um dos fundadores do Malutrom

Apaixonado pelo futebol, seja como espectador ou praticante, foi um dos fundadores do clube de futebol amador Malutrom, que depois se tornaria o J. Malucelli, em conjunto com as famílias Trombini e Malucelli. Tudo começou com a vontade de bater bola entre amigos, mas logo o time estava em ligas de Morretes e do litoral paranaense. O ponta-direita Plínio jogou dos anos 80 até 1995, quando pendurou as chuteiras.

Era também parte do público fiel do Athletico Paranaense, seu time do coração. Garoto nascido e criado no bairro Água Verde, passou inúmeras tardes na Arena da Baixada. Ele, imberbe, ela, à moda antiga, ainda com suas escadarias de tijolo. O futebol circulava nas veias da família, já que o pai de Plínio foi um dos fundadores do time Água Verde, que originaria, depois de fusões e transformações, o Paraná Clube. Além dos gramados, a quadra de tênis tinha um lugar especial em seu coração. Foi um dos melhores jogadores do Clube Curitibano e participou de torneios nacionais na modalidade.

Pescador em Guaratuba desde criança, conhecia a baía como a palma da mão, lembrava de todos os pontos de pesca antigos, cultivados na memória por mais de 50 anos. O filho Paulo dividiu algumas dessas décadas de pescaria com o pai, e guarda bons momentos. Um deles parecia ser o mais bonito e especial para Plínio: nos anos 70, ele pegou um badejo de 38 quilos. “Ele foi um bom pai, alegre, sempre animado. Era um paizão de todos, que gostava de juntar a família e ver os filhos juntos”, relembra Paulo. Plínio deixa dois filhos, duas filhas, dez netos e dois bisnetos.

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