O juiz substituto Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, decretou o bloqueio de R$ 20 milhões em bens ativos e financeiros do ex-governador Beto Richa (PSDB). A decisão - que também envolve outras seis pessoas e uma empresa - diz respeito à Operação Piloto, que apura irregularidade na licitação da duplicação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, e atende a um pedido feito pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Foram determinados ainda a indisponibilidade de bens imóveis e de veículos de Richa, e o sequestro de parte do imóvel citado no esquema de corrupção. Veja o que dizem os investigados.
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Richa, cujo valor total bloqueado é de R$ 19.148.800, é acusado pelos crimes de fraude licitatória, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público em junho - e acolhida pela Justiça em julho, o ex-governador recebeu propina da empresa Tucuman para favorecer o consórcio liderado pela Odebrecht na licitação de concessão da PR-323. O dinheiro seria "esquentado" pela venda e compra de imóveis, apurou o MP.
Outros seis réus no processo também tiveram bens bloqueados. O montante é de R$ 13.222.400 para Ezequias Moreira e Pepe Richa, que são acusados de corrupção passiva, fraude licitatória e lavagem de dinheiro; de R$ 11.819.200 para Luiz Abi Antoun, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; de R$ 7.329.600 para Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, acusados de fraude licitatória, corrupção ativa e lavagem de dinheiro; e R$ 4.723.200 para Dirceu Pupo, acusado de lavagem de dinheiro. Foi deferido ainda pelo juiz o sequestro de parte de um barracão e de alugueis destinados à empresa Ocaporã.
Outro lado
A defesa de Beto Richa informou em nota que “irá se manifestar somente nos autos do processo, diante a insistência repetitiva do Ministério Público Federal, relativamente ao tema de indisponibilidade de bens”.
A defesa de Luiz Abi afirma que confia na Justiça e que vai provar sua inocência.
A reportagem aguarda retorno dos representantes de Ezequias Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas, assim como da empresa Ocaporã.
A reportagem não conseguiu contato com os demais envolvidos. Esse espaço segue aberto às manifestações dos acusados.
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