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Agentes do Gaeco cumprem sete mandados de prisão e 22 de busca e apreensão
Agentes do Gaeco cumprem sete mandados de prisão e 22 de busca e apreensão| Foto: Divulgação/MPPR

Em operação deflagrada na manhã desta terça-feira (15), o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), prendeu dois vereadores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, além do presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes do Município (AMTT) e de empresários da cidade. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão (cinco de prisão preventiva e dois de prisão temporária), além de 22 de busca e apreensão – entre os alvos estiveram os prédios da prefeitura e da Câmara Municipal de Ponta Grossa, localizados no Centro da cidade.

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De acordo com o MP, a operação, batizada de Saturno, decorre de investigação sobre possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, fraude a licitação e tráfico de influência. Há indícios de irregularidades na contratação de uma empresa pela AMTT para implantação do Estar Digital e para a compra de software pela Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar), entre os anos de 2016 e 2020. Além disso, o MP investiga possível manipulação e corrupção de vereadores em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para apurar as licitações.

Os alvos dos cinco mandados de prisão preventiva foram quatro empresários e o vereador Valtão (PRTB), relator da CPI. Já as prisões temporárias foram decretadas contra o presidente da AMTT, Roberto Pelissari, e contra o parlamentar Ricardo Zampieri (Republicanos), que presidiu a CPI.

Dos 22 mandados de busca e apreensão, 18 foram cumpridos em Ponta Grossa e quatro em Curitiba. No prédio da prefeitura do município dos Campos Gerais, os agentes fizeram buscas no gabinete do secretário-geral de Administração. Na Câmara, os mandados foram cumpridos nos gabinetes de cinco vereadores. Além disso, foram alvo do Gaeco a AMTT, três empresas e 16 residências, pertencentes a empresários e servidores públicos.

A reportagem falou com Ricardo Zampieri no momento em que os agentes do Gaeco estavam em seu gabinete na Câmara Municipal. Ele afirmou estar tranquilo em relação à investigação e que colabora com as investigações.

O gabinete do vereador Valtão não atendeu às ligações até o fechamento desta reportagem.

Na Câmara Municipal de Ponta Grossa, uma audiência pública que estava agendada para as 10 horas para prestação de contas do Programa de Metas foi suspensa em razão do cumprimento dos mandados judiciais. A Casa legislativa divulgou uma nota oficial a respeito da operação:

Com relação à operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná na Câmara Municipal de Ponta Grossa, o presidente Daniel Milla informa que ainda não teve acesso à documentação oficial. Informa ainda que, com relação aos procedimentos relativos à Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI – alvo da operação, todos os atos foram cumpridos pela instituição, conforme o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município, inclusive com o envio do relatório final ao Ministério Público. A Câmara Municipal de Ponta Grossa reitera seu compromisso com a total transparência, destacando que todas as investigações serão acompanhadas pelo Legislativo e toda a colaboração necessária será prestada ao Poder Judiciário, apoiando as eventuais sanções que venham a ser aplicadas.

Procurada, a prefeitura de Ponta Grossa informou que deve se manifestar em breve a respeito da operação. O conteúdo será atualizado tão logo houver manifestação das partes

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