O Paraná aguarda orientações do Ministério da Saúde sobre quando e como se adotará um intervalo de 21 dias entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 – e não mais um intervalo de 3 meses, como tem sido desde o início da campanha de imunização. “O Paraná aguarda as orientações oficiais do Ministério da Saúde que devem ser enviadas no próximo informe técnico”, respondeu a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em nota encaminhada à Gazeta do Povo, no início da tarde desta terça-feira (27). Também procurada pela reportagem, a capital paranaense se posiciona de forma semelhante: “Curitiba até agora vem seguindo as normativas do plano de imunização do Ministério da Saúde. E aguarda as orientações oficiais sobre essa antecipação”, resumiu a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Nesta segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou à imprensa que a pasta prevê alterar a distância entre as doses, seguindo os 21 dias recomendados pela bula da Pfizer. Inicialmente, com base em estudos sobre eficácia, e em um cenário de escassez de doses, o Brasil primeiro adotou o intervalo de 3 meses como uma estratégia para garantir ao menos a primeira aplicação a um maior número de pessoas. Agora, alegando que já há alguma previsibilidade nas remessas da Pfizer que chegam ao país, e diante das características da delta, a variante do coronavírus de maior preocupação hoje no mundo, o Ministério da Saúde resolveu reavaliar o prazo entre as doses, para tentar ampliar o número de pessoas com imunização completa.
O Ministério da Saúde, contudo, ainda não tem detalhes de quando e como fará a mudança. Na manhã desta terça-feira (27), a pasta federal disse que dará detalhes da medida em agosto e que, antes disso, pretende discutir as regras com os estados e municípios.
Mas, a redução do intervalo da Pfizer não é um consenso. Também nesta terça-feira, em entrevista à imprensa, o presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e secretário estadual de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, disse que recebeu com surpresa a decisão do Ministério da Saúde.
Segundo Lula, é necessário ter certeza de que haverá doses disponíveis para fazer tal alteração já no mês de agosto. Para ele, a redução deveria ser feita no final de setembro, quando toda a população adulta já teria recebido ao mesmo a primeira dose da vacina, na estimativa do próprio Ministério da Saúde.
Por outro lado, parte dos municípios brasileiros já optaram pela redução do intervalo da Pfizer e também da Astrazeneca, na esteira do avanço da delta. Mas, o governo federal não recomenda decisões locais sem amparo no plano nacional, e com possível impacto na divisão das doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde a todas as regiões.
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