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Testes clínicos

Paraná negocia trazer pesquisa de remédio de Covid-19 para hospitais universitários

Hospital Universitário de Londrina. (Foto: ROBERTO CUSTODIO/JORNAL DE LONDRINA/ROBERTO CUSTODIO/JORNAL DE LONDRINA)

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O Paraná pode receber mais uma pesquisa de remédio para Covid-19. O governo, através da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), negocia com um laboratório nacional para receber a fase de testes clínicos, em que o medicamento é aplicado em pacientes para se verificar a eficácia. Se for fechado o acordo, o estudo será feito com pacientes voluntários infectados com coronavírus nos quatro hospitais universitários do estado: Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.

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Se o acordo avançar, será o segundo medicamento de Covid-19 a ser testado no Paraná. Após participar da fase de testes de dosagem e segurança em 2020, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) iniciou em abril a fase clínica de teste do remédio Molnupiravir, antiviral desenvolvido pelo laboratório Merck.

Por termo de confidencialidade no contrato, o nome do laboratório que negocia com o governo do estado não pode ser divulgado. Entretanto, o superintendente da Seti, Aldo Nelson Bona, adianta que o medicamento é aplicado na forma de nebulização. Uma versão de spray nasal do mesmo fármaco já está sendo testada pela Universidade Federal da Paraíba.

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"Fomos procurados para fazermos estudos clínicos de um medicamento da Covid-19. O estado está discutindo com a empresa as condições de contrato e de transferência de tecnologia, além do aporte de recursos", explica o superintendente da Seti.

Transferência de tecnologia

Segundo Bona, a negociação é para que a Seti avalie se o estado vai financiar os testes e se tornar parceira na pesquisa, com direito a transferência de tecnologia, ou se o governo será somente um prestador de serviço, apenas disponibilizando a estrutura hospitalar para os testes.

"Estamos discutindo o processo de transferência de tecnologia e de produção para avaliar se faz sentido o estado aportar recursos na pesquisa ou se vale a pena atuar apenas como prestador de serviço, cobrando da empresa todo custo do processo", explica o superintendente da Seti.

Se o governo optar pelo financiamento do estudo, os pesquisadores das universidades estaduais vão coordenar toda a fase de testes clínicos do remédio da Covid-19. "Se fecharmos acordo, nossas equipes terão protagonismo na fase 3 de testes", enfatiza Bona.

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