O Paraná terminou o primeiro trimestre de 2019 com uma taxa de desemprego menor no interior do estado do que em Curitiba e Região Metropolitana. O dado é de um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que revelou um retrato inédito do mercado no trabalho no interior do país.
Conforme ele, são a taxa de desocupação no interior é 8,3%, enquanto em Curitiba e Região Metropolitana é 10,1%. Ambas ficam abaixo da média brasileira para o período, que é de 12,7%.
De acordo com a economista da Secretaria de Estado de Justiça, Família e Trabalho Suelen Glinski, a informação não provoca espanto. “Quando se fala em desemprego, geralmente temos taxas mais altas na capital e nos grandes centros, porque a pressão populacional nesses locais é maior. São mais pessoas procurando emprego nessas regiões”, afirma.
O panorama do mercado do trabalho feito pelo IBGE evidencia o que diz a economista: exceto o Mato Grosso do Sul, todos os estados registram menor desemprego longe das capitais e regiões metropolitanas.
Suelen afirma ainda que, atualmente, a criação de empregos no estado está crescendo de forma pulverizada. Ainda assim, a recuperação em Curitiba e região deve ser mais lenta. Além da pressão populacional, pesa o fato de que os setores presentes no interior do estado, como a indústria sucroenergética e da citricultura, atendem ao mercado externo e são influenciadas por ele também.
Informalidade e rendimento
Apesar da taxa de desemprego mais baixa, a taxa de informalidade no interior para o mesmo período foi de 28,9% ante a de 24,7% de Curitiba e Região Metropolitana. A informalidade diz respeito às pessoas que trabalham sem carteira de trabalho, sem CNPJ e sem contribuição para a previdência oficial ou sem remuneração auxiliando em trabalhos para a família. Mesmo mais alto, o índice ainda fica abaixo da média nacional, que é de 36,3%.
Outro índice que fica abaixo do que é registrado na capital é o do rendimento médio real. Em Curitiba e Região Metropolitana, ele é de R$ 3.035, enquanto no interior ele é de R$ 2.331 - R$ 40 acima da média nacional.
Os dados podem indicar que o mercado de trabalho no interior, apesar de absorver melhor a população economicamente ativa, não apresenta condições ideais de trabalho. Contudo, para Suelen, seria necessário avaliar outras informações em detalhe para que fazer essa análise.
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