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Departamento da Polícia Científica do Paraná responsável pelos perfis genético.
O diretor Hemerson Bertassoni Alves, na época perito, perfilou pelo menos 116 perfis de suspeitos no caso Rachel Genofre, o caso foi elucidado depois de 11 anos.
Departamento da Polícia Científica do Paraná responsável pelos perfis genético. O diretor Hemerson Bertassoni Alves, na época perito, perfilou pelo menos 116 perfis de suspeitos no caso Rachel Genofre, o caso foi elucidado depois de 11 anos.| Foto: Maicon J. Gomes/Gazeta do Povo/ Arquivo

A Polícia Científica do Paraná vai coletar amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas para serem incluídas no banco genético nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A coleta faz parte de uma ação das polícias científicas de todo o Brasil, dentro da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A iniciativa foi lançada terça-feira (25), no Dia Internacional de Crianças Desaparecidas, mas a coleta vai começar 14 de junho.

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"O perfil das pessoas que estão desaparecidas pode estar em qualquer lugar, inserido no banco, mas se você não tiver o material dos familiares para o confronto de amostras, o caso pode ficar sem solução”, ressalta o diretor-geral da Polícia Científica, Luiz Rodrigo Grochocki, em entrevista à Agência Estadual de Notícias.

Para a coleta de amostras genéticas, os familiares terão que ter registro policial aberto de desaparecimento da pessoa. O registro deve ter no mínimo de 30 dias, dependendo da circunstância do desaparecimento. A coleta será preferencialmente do DNA de dois familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida.

A ordem de preferência na coleta será a sequinte: os pais em primeiro, depois filhos, pai/mãe do filho e por último irmãos. As amostras poderão ser confrontadas com o material genético de corpos ou de restos mortais não identificados.

A RIBPG ganhou força em 2018 com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para servirem de provas em investigações criminais e na busca por pessoas desaparecidas. Foi graças ao confrontamento de DNA da coleta no local do crime com a de detentos de todo o país que a Polícia Civil conseguiu solucionar 11 anos depois o assassinato da menina Raquel Genofre em 2019. Carlos Eduardo dos Santos, 55 anos, já estava preso no estado de São Paulo por outros crimes sexuais contra crianças quando foi identificado. No último dia 13, Santos foi condenado a 50 anos de prisão pelo assassinato de Raquel em 2008.

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