Desde o início da implantação de medidas restritivas à aglomeração de pessoas em razão da pandemia do novo coronavírus, o relaxamento às regras de circulação vem caindo no Paraná. De acordo com levantamento da empresa In Loco Inteligência de Dados, os índices de isolamento social observados nos últimos dias são os piores desde o fim de março.
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A medição utiliza dados anônimos de dispositivos móveis para monitorar o deslocamento das pessoas em todo o Brasil. Na última sexta-feira (8), o índice verificado no Paraná foi de 37,9%, o pior desde o dia 20 de março (40,1%), dias após o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) assinar decreto que determinou medidas de distanciamento social e restringiu o funcionamento de alguns estabelecimentos comerciais.
Neste domingo (10), o estado teve seu pior índice também para esse dia da semana (44,4%). A maior taxa de isolamento social, de 65,6%, foi verificada no dia 22 de março, um domingo. Em relatórios anteriores, a empresa chegou a calcular um índice de 72% para o pico do indicador, mas os dados foram revistos, segundo a In Loco.
A empresa explica que, desde o lançamento do índice, vem realizando aprimoramentos com o objetivo de fornecer dados cada vez mais precisos. “Realizamos mudanças técnicas no processamento dos dados, sem alteração relevante no número de usuários na base e alcançamos uma versão mais consistente do índice, com um algoritmo de distanciamento mais preciso, em uma plataforma mais performática.”
O isolamento social é considerado essencial para evitar um colapso nos sistemas de saúde, uma vez que reduz a curva de crescimento do total de infectados pelo coronavírus. A orientação do governo estadual é para que a medida seja mantida, apesar da pressão de alguns setores que pedem a retomada das atividades.
Abaixo da média nacional
O índice de isolamento social do Paraná está abaixo da média nacional. Enquanto neste domingo o estado apresentou índice de 44,4%, o país teve taxa de 47%.
Comparado aos moradores das outras 26 unidades federativas, os paranaenses estão na 19ª colocação, à frente apenas de Sergipe (43,7%), Tocantins (43,5%), Minas Gerais (43,4%), Rio Grande do Norte (43%), Mato Grosso do Sul (41,9%), Mato Grosso (41,9%), Roraima (41,8%) e Goiás (40%).
No topo do ranking está o estado do Pará, com índice de 54,9%.
Google também aponta relaxamento
Desde abril, o Google também publica relatórios que ajudam a monitorar a movimentação das pessoas a partir de dados coletados do histórico de uso do Google Maps. As informações permitem detectar tendências de mobilidade ao longo do tempo em pontos de lazer, supermercados e farmácias, parques, terminais de transporte, locais de trabalho e áreas residenciais.
A última atualização dos números reforça a conclusão de que a população paranaense tem relaxado nos cuidados relativos à circulação pela cidade. Em relação a uma linha base histórica, o Paraná apresentava, no dia 2 de maio, redução de 46% em visitas a áreas de lazer, 40% a parques, 42% a terminais de transportes e 20% a locais de trabalho. A ida a supermercados e farmácias cresceu em 1%, e permanência de pessoas em áreas residenciais aumentou 12%.
Todos os números indicam menor isolamento quando comparados ao relatório do início de abril, quando a redução na visita a áreas de lazer era de 68%; a supermercados e farmácias, de 29%; parques, de 61%; a terminais de transportes, de 56%; e a locais de trabalho, de 29%. A permanência de pessoas apresentava alta de 14% em relação à média histórica.
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