Uma reunião prevista para a próxima terça-feira (21) entre o secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, e o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Paraná (Cosems), deve definir os detalhes para a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 no estado. Segundo Beto Preto, o Paraná segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), mesmo assim está cobrando do Ministério da Saúde a inclusão dos adolescentes sem comorbidades no PNI.
Em entrevista coletiva concedida no final da manhã desta segunda-feira (20), Beto Preto explicou que existe uma espécie de “sobra” de vacinas no estado, referentes às pessoas que já foram chamadas para começar a imunização, mas que por quaisquer motivos ainda não se vacinaram. A ideia que ele deve apresentar junto ao Cosems é usar essas doses no processo inicial de imunização dos grupos prioritários de adolescentes.
“Existe uma sobra, principalmente relacionada aos paranaenses que não foram tomar a primeira dose. É possível iniciar sim essa vacinação. É isso que nós queremos fechar amanhã. Devemos iniciar essa vacinação dos adolescentes pelos grupos prioritários, que são aqueles com comorbidades, com deficiências permanentes, indígenas, gestantes, puérperas e os privados de liberdade, conforme preconiza o Programa Nacional de Imunização”, explicou.
Segundo o secretário, não é possível ainda dar início à vacinação dos adolescentes sem comorbidades porque “quem compra a vacina no Brasil é o Ministério da Saúde”. De acordo com Beto Preto, é preciso que haja a garantia de que as vacinas da Pfizer, as únicas autorizadas para a aplicação nos adolescentes, sejam adquiridas em quantidade suficiente para garantir a primeira e a segunda aplicação. Ele entende que há uma “polêmica” instalada no país a respeito da imunização desse público, mas defende o diálogo para que a situação seja resolvida.
“O Paraná continua seguindo o PNI ao mesmo tempo que cobramos, dentro de um diálogo das esferas do SUS, que o Ministério também inclua o quanto antes a vacinação dos adolescentes sem comorbidades. Essa posição é fundamental, defendemos essa posição. Nós estamos insistindo no diálogo e solicitando que tenhamos doses disponíveis para vacinar os adolescentes e torcendo para que isso aconteça logo. Então, para que nós possamos garantir a utilização correta das vacinas, nós precisamos ter a garantia também de que o ministério vai nos fornecer as vacinas da Pfizer. Não adianta a gente agir de forma a faltar coordenação nesse momento. Temos que insistir em uma coordenação nacional para que possamos, com doses aqui no Paraná, distribuí-las corretamente aos municípios para que não falte, por exemplo, a segunda dose”, detalhou.
Reforço
O secretário também deu mais informações sobre o início da aplicação das doses de reforço nos idosos e nos pacientes imunossuprimidos, como aqueles em tratamento de hemodiálise ou transplantados, por exemplo. Um novo lote de 164 mil doses de vacinas chegou ao Paraná nesta segunda-feira (20), e parte desses imunizantes será usada nessa aplicação de reforço.
Serão utilizadas 450 doses da vacina da Janssen para o reforço de indígenas com mais de 70 anos e imunossuprimidos de 18 a 59 anos. Outras 118.170 doses do imunizante da Pfizer vão ser usadas em idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos que já tomaram a segunda dose há seis meses.
“A pandemia não acabou, a pandemia continua. O trabalho todo está colocado ainda. As equipes continuam trabalhando no interior, na capital, na região metropolitana, no litoral, e os municípios continuam com suas portas abertas, os hospitais também, para atender Covid-19. Queira ou não, o vírus continua circulando e continua atingindo [as pessoas]. Essa vacinação de reforço, a terceira dose, é um assunto muito importante. Percebemos que é necessária. Não podemos nos descuidar”, concluiu Beto Preto.
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