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A Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, passou a funcionar como um novo terminal de integração temporal do transporte coletivo da capital. Segundo a prefeitura, a mudança beneficia diretamente os 55 mil passageiros que circulam diariamente pela região, que concentra 39 linhas convencionais e quatro expressas.
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Agora, quem utiliza o transporte coletivo poderá integrar os ônibus sem pagar uma nova tarifa em dois formatos:
- entre linhas convencionais e expressas, com tempo de até uma hora
- entre linhas expressas, com tempo de apenas 10 minutos.
Um ponto fundamental é que a integração não ocorre entre linhas convencionais, mas exclusivamente entre convencionais e expressos ou entre expressos. De acordo com a prefeitura, na prática, isso permite mais rapidez nos deslocamentos e amplia a conectividade entre os eixos centro-sul e leste-oeste, operados por ônibus biarticulados.
“Quem usa o transporte coletivo sabe da importância dessa integração na Praça Rui Barbosa, que recebe diariamente um grande fluxo de pessoas. Essa é uma iniciativa que também vai ajudar no movimento do comércio, dentro do nosso projeto de revitalização da região central da cidade”, afirmou o prefeito Eduardo Pimentel.
Como funciona a integração na Praça Rui Barbosa
O sistema temporal é operado com o cartão-transporte da Urbs (Urbanização de Curitiba), empresa que gerencia o transporte público na cidade. No caso dos ônibus expressos, o usuário deve validar o cartão na origem, passar no validador de integração instalado na estação de desembarque e, em seguida, registrar novamente a passagem na nova linha.
Já entre convencionais e expressos, o processo é mais simples: basta validar o cartão ao embarcar no primeiro ônibus e, dentro do período de até uma hora, entrar no veículo seguinte sem cobrança de nova tarifa.
De acordo com a Urbs, a transformação da Praça Rui Barbosa em terminal a céu aberto representa uma economia potencial de R$ 300 mil por dia, considerando que milhares de passageiros não precisarão pagar por uma segunda tarifa. A medida também coloca a praça entre os cinco maiores terminais de integração da capital, ao lado de Pinheirinho, Capão Raso, Cabral e Boqueirão.
Pimentel também destacou o impacto social da medida. “Essa integração representa economia de dinheiro e de tempo para a população. É mais qualidade de vida para quem depende do transporte coletivo todos os dias”, disse.
O prefeito reforçou que a novidade faz parte de um plano maior para modernizar a mobilidade em Curitiba. “O novo contrato, cujo edital deve ser publicado neste ano, prevê a integração ampla no transporte coletivo. Queremos promover eficiência e agilidade no transporte para que as pessoas possam sair mais tarde de casa e chegar mais cedo no retorno”, afirmou.
Modelo pode ser replicado na praça Carlos Gomes
O prefeito adiantou que determinou estudos para levar o mesmo modelo à Praça Carlos Gomes, com possibilidade de conexão também ao eixo Boqueirão. “A ideia é transformar os principais pontos de embarque do Centro em polos de integração, ampliando as opções para os passageiros”, completou Pimentel.
A integração temporal é uma tecnologia que Curitiba vem aplicando de forma crescente para tornar o transporte público mais eficiente. Mais de 90% do sistema é fisicamente integrado em terminais e estações-tubo, mas a novidade amplia a rede de conexões, reduzindo custos e tempo de deslocamento para os passageiros.
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