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energia limpa
Placas fotovoltaicas no Palácio 29 de Março, onde fica a prefeitura de Curitiba.| Foto: Pedro Ribas SMCS

Apesar do recente boom dos painéis fotovoltaicos, que teve uma arrancada a partir de 2018 e quase dobrou a potência instalada no Brasil de 2020 para 2021, esse sistema avança ainda lentamente sobre estruturas públicas no Paraná, o sexto estado com maior potência de energia solar fotovoltaica instalada, 4,6% de toda a capacidade do Brasil.

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Com espaços pouco amplos para receber painéis que gerem um volume importante de energia, mais do que a economia que promovem — objetivo que é alcançado, efetivamente, mas com uma geração muito pequena em comparação ao produzido pelas placas fotovoltaicas em residências —, a instalação desse sistema serve mais como uma inspiração, e marca o compromisso do município com a energia limpa.

Entre os maiores municípios paranaenses, Curitiba está à frente na instalação de placas em prédios e estruturas públicas, com obras em andamento, como a chamada Pirâmide Solar do Caximba, que está sendo construída no antigo aterro sanitário do município.

A capital também lançou, recentemente, três editais de licitação para instalação de painéis nos telhados dos terminais de ônibus do Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho. E, em breve, deve ser licitada a instalação das placas fotovoltaicas nos telhados da Rodoferroviária.

Quanto gera hoje?

Em atividade, Curitiba tem hoje os painéis sobre o telhado do Palácio 29 de Março (o primeiro a ser instalado, em junho de 2019), sede da Prefeitura de Curitiba; no Complexo Imap e Salão de Atos, no Parque Barigui; na Galeria das Quatro Estações, no Jardim Botânico e na Fazenda Urbana, no Cajuru. Juntos, somam potência instalada de 311 KWp.

Para ter uma ideia do quanto isso representa, basta olhar para os dados atualizados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Hoje, a capital tem 13,9 MWp instalados, sendo que a classe residencial responde por 7 MWp desse total, e a comercial, por 5,6 MWp. Logo, a potência hoje instalada em Curitiba pelo poder público corresponde a pouco mais de 2% do total.

A energia gerada por essas estruturas, segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Curitiba, consultada pela Gazeta do Povo, é usada de acordo com o conceito de geração distribuída, primeiramente sendo consumida no local de geração, tendo o excedente injetado na rede.

“Essa energia compensa aquela utilizada em horários ou com geração inexistente, ou com produção menor do que o consumo, e também atende à demanda de outras unidades da prefeitura, gerando economia”, cita a secretaria.

Curitiba vem implantando sistemas fotovoltaicos desde 2019, pelo Curitiba Mais Energia, que tem como objetivo reduzir as emissões de gases do efeito estufa, com o incentivo e a divulgação do uso de energias renováveis.

Potência em Curitiba

  • Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura de Curitiba: 144 KWp
  • Complexo Imap e Salão de Atos, no Parque Barigui: 32 KWp
  • Galeria das Quatro Estações, no Jardim Botânico: 110 KWp
  • Fazenda Urbana, no Cajuru: 25 KWp
  • Total: 311 KWp

Novas instalações vão multiplicar por 25 geração fotovoltaica

Quando todas as estruturas previstas para Curitiba estiverem em funcionamento, elas irão agregar 7,9 MWp na potência instalada da cidade, um valor 25 vezes maior do que a geração atual. Isso, segundo a secretaria, deve fazer com que 60% da energia consumida pelos próprios prédios e estruturas municipais seja gerada pela cidade.

A Pirâmide Solar do Caximba, que teve as obras licitadas e a empresa vencedora teve a ordem de serviço (OS) assinada em fevereiro, tem em andamento os projetos executivos (fase final), com instalação do canteiros de obras. A capacidade instalada dessa estrutura que fica sobre o antigo Aterro do Caximba é de 4,5 MWp e deve começar a funcionar em janeiro de 2023.

Já os três sistemas fotovoltaicos para telhados dos terminais de ônibus, que estão em licitação e recebem propostas até 2 de agosto, terão a seguinte potência: Santa Cândida (465 KWp), Boqueirão (512 KWp) e Pinheirinho (925 KWp). Quando implantado, o sistema fotovoltaico na Rodoferroviária incrementará 1,53 MWp à geração. A expectativa é de que todo o sistema gere, junto, 2,4 milhões de KWh/ano.

Londrina e Maringá

Entre as maiores cidade do interior paranaense, e também com maior insolação que a capital, Londrina ainda patina na instalação das placas fotovoltaicas pelo poder público. Consultada pela Gazeta do Povo, a Prefeitura de Londrina afirmou que, por meio da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), tem algumas iniciativas ainda em análise e planejamento para placas fotovoltaicas.

Esses projetos estão, principalmente, relacionados ao Terminal Rodoviário de Londrina e à Central de Tratamento de Resíduos. “Todos voltados para redução dos custos com energia elétrica e possível aplicação futura na frota de veículos e transporte coletivo”, diz a prefeitura.

Maringá também tem projetos nesse sentido, um deles que deve instalar, até o fim do ano, placas fotovoltaicas no Aeroporto de Maringá, o que proporcionaria uma economia de cerca de 80% dos R$ 100 mil pagos da conta de luz mensalmente. “A energia sustentável será usada na iluminação do local, ar-condicionado, balizamentos, equipamentos, entre outros”, explicou a prefeitura à Gazeta do Povo.

A Câmara de Maringá também iniciou, em julho, o processo para instalar energia solar no prédio. A expectativa é que em agosto seja lançado o edital de licitação e que até o fim do segundo semestre tenha início a instalação da usina geradora.

O que já está efetivamente em atividade são lâmpadas fotovoltaicas em vários locais da cidade. “Neste ano, lâmpadas de energia fotovoltaica foram instaladas em 24 pontos diferentes da cidade: 12 unidades de ensino, quatro praças, quatro espaços infantis e quatro Academias da Terceira Idade. Até o fim do ano, outras 19 unidades de ensino e locais serão revitalizados com novas luminárias fotovoltaicas”, diz a prefeitura da cidade.

Agilidade garante benefício da lei

Para os municípios que conseguirem se agilizar em relação a essas instalações, um benefício se soma a partir da Lei 14.300/2022, que isenta da cobrança de tarifas de uso sistemas de distribuição por parte de micro e minigeradores para quem estabelece um sistema até 6 de janeiro de 2023. A lei garante a permanência sob as regras atuais até 31 de dezembro de 2045.

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