• Carregando...
Em Ubiratã, a quebra prevista para a safra de soja chega a R$ 300 milhões
Em Ubiratã, a quebra prevista para a safra de soja chega a R$ 300 milhões| Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Ubiratã

As prefeituras de Marechal Cândido Rondon, Ubiratã e Toledo, no oeste do Paraná, decretaram nesta semana estado de emergência hídrica. A principal justificativa das administrações municipais são as quebras nas safras de produtos agrícolas como milho e trigo, que devem gerar prejuízos nas cifras dos milhões de reais.

Segundo nota oficial publicada pela Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, a estimativa de quebra nas safras de soja e milho na cidade podem chegar a 85%. Com a decretação de situação de emergência hídrica, a administração municipal reconhece que corre o risco de receber menos repasse de verbas do ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios. Porém, a medida vai permitir aos produtores rurais melhores condições de renegociar os financiamentos contratados para este ano. O decreto também força as seguradoras a pagar os custeios da safra, garante a nota.

Em Toledo, a estimativa de perda chega a 55% para as lavouras de soja e 75% para as plantações de milho. Os números fazem parte de um levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) apresentados em uma reunião realizada ainda no mês de dezembro. “Este é um tema relevante, que exige atenção máxima do poder público, mas que deve ser tratado com todo o cuidado e seguindo parâmetros técnicos, para que realmente surjam efeitos necessários. Enquanto não chove, pedimos para a população, da cidade e do interior, para que use racionalmente a água, evitando desperdícios e, quando possível, fazer o reuso da água. A situação é preocupante e pode ficar ainda pior se cada um não fizer a sua parte”, apontou o prefeito Beto Lunitti.

A estimativa de perdas é semelhante à feita pela Prefeitura de Ubiratã, que avalia as perdas da soja entre 45% e 55%. Em dinheiro, este prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões, segundo cálculos de uma cooperativa instalada na cidade. “A água é um recurso natural muito importante para a vida humana. Sem água não há vida. É meu dever enquanto prefeito zelar pelo bem-estar da população. Conversei com a equipe técnica da prefeitura e diante das adversidades climáticas, não há outra saída. Os agricultores vão honrar seus compromissos e para isso precisam de apoio para renegociar seus débitos e seguir produzindo”, salientou o prefeito Fábio Dalécio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]