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UEPG. Imagem de arquivo.
UEPG. Imagem de arquivo.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

O reitor Miguel Sanches Neto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, decidiu ir de ônibus para o trabalho, na segunda-feira (18), atravessando a cidade até chegar ao afastado bairro de Uvaranas, onde fica o campus que abriga a reitoria. Ele fez uma postagem no Instagram para contar sobre a decisão de verificar como é o transporte usado por milhares de estudantes e funcionários da instituição. A experiência nem deveria ser notícia, mas, no Brasil, enseja o debate. Em países europeus, por exemplo, é comum que autoridades se desloquem usando o transporte coletivo.

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Sanches Neto contou que está buscando aproximar a reitoria da comunidade. Pelo menos uma vez por semana, quando a agenda permite, almoça ou janta no Restaurante Universitário (RU), que serve refeições gratuitas ou subsidiadas. No ano passado, percorreu, à noite, uma rota que concentrava as reclamações das alunas, por causa da escuridão. O resultado foi a instalação de uma nova rede de iluminação e a negociação para um posto da Polícia Militar. "A ideia é não fazer gestão de gabinete", resume. Ele também evita o uso de terno e gravata (restritos a solenidades) e aboliu o pronome de tratamento "magnífico", destinado a reitores.

Sobre a experiência do trajeto de ônibus, relata que foi abordado por um funcionário do Hospital Universitário (HU), que puxou conversa para falar das eventuais dificuldades que enfrenta. Sanches Neto foi do Centro ao campus de Uvaranas, num trajeto relativamente tranquilo e rápido, de 40 minutos, mas atribui isso ao horário (fez o percurso às 7 horas da manhã). Pretende, em breve, usar o transporte público em horário de pico para sentir a diferença. A UEPG avalia a possibilidade de colocar uma linha direta entre os campus (hoje, quem precisa fazer o trajeto troca de ônibus duas vezes).

E quando a agenda permitir, Sanches Neto disse que pretende deixar de lado o carro oficial e voltar a usar o transporte coletivo para ir ao trabalho, ouvindo o que os estudantes e funcionários têm para falar.

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