Paraná organiza resposta a frio intenso e Defesa Civil condena previsões exageradas

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Em um encontro virtual realizado na manhã desta terça-feira (27), representantes de associações regionais de municípios e do governo do Paraná discutiram a adoção de medidas preventivas contra a onda de frio que deve chegar ao estado nesta semana. Os dados do Simepar apontam para a possibilidade de registro de temperaturas mínimas entre -1 e -5 graus nas regiões Sudoeste, Sul e nos Campos Gerais na próxima quarta-feira (28). Para o Norte, o Oeste e a Região Metropolitana de Curitiba a previsão é de mínimas oscilando entre 0 e -3 graus. Também são esperadas geadas fortes e generalizadas em todo o estado.

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Na ocasião, o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig condenou exageros que segundo ele vêm sendo divulgados sobre os possíveis efeitos da massa de ar polar, mas confirmou que o estado está organizando uma resposta caso as previsões de frio extremo se confirmem.

De acordo com o coronel, a divulgação do que ele chamou de “informações erradas” causam pânico na população. “Nós temos que estar atentos. Estão circulando informações sobre temperaturas extremas para o Brasil, na casa de -10, -20, -25 graus. A Defesa Civil faz esse trabalho de acompanhamento diário por meio de um sistema nacional de monitoramento e alerta e essas temperaturas extremas não correspondem [à realidade]. Teremos sim temperaturas mais frias, comuns à época de inverno principalmente na região Sul, nas regiões mais altas. Temperaturas abaixo de zero, com certeza, na faixa de -3, -4, -5 graus. Mas nada extremo, como tem sido divulgado”, explicou.

O chefe da Casa Civil, Guto Silva, também esteve presente no encontro e explicou que haverá um reforço nos canais de atendimento entre governo e municípios para que haja uma resposta rápida em casos de necessidade. Na mesma linha de Schunig, ele sustentou que a onda de frio não deve ser muito diferente da que chegou ao Paraná no começo de julho. “Teremos frio, mas nada diferente do padrão do inverno paranaense. Reforço, não há motivo para pânico”, declarou.

O coordenador da Defesa Civil no Paraná chamou a atenção para que a população fique atenta principalmente em relação a pessoas em situação de vulnerabilidade, como aqueles em situação de rua, os ribeirinhos, quilombolas e indígenas. Entre as estratégias de atuação da Defesa Civil estão o acionamento de estruturas de abrigo nos municípios, além da distribuição de alimentos quentes e a mobilização de igrejas e grupos de voluntários. Uma nota técnica deve ser divulgada ainda nesta terça detalhando essas ações, que serão reforçadas caso o frio venha mais forte do que o esperado.

“A diferença para a onda de frio que tivemos nas semanas anteriores é que durante a noite e no período da manhã tínhamos temperaturas frias e à tarde aquecia um pouco. A previsão para esta próxima semana é de permanecerem as temperaturas mais baixas durante todo o dia. Isso realmente causa uma sensação térmica ruim. Fica então o nosso alerta para que as pessoas se abriguem e usem agasalhos maiores, fiquem atentas às pessoas vulneráveis. Nós temos previsões baseadas em modelos matemáticos, e que algumas vezes podem falhar. Se houver uma mudança muito grande neste cenário, a Defesa Civil vai emitir alertas, como já o faz corriqueiramente. Temos mobilizadas todas as nossas regionais em atenção especial ao acolhimento das pessoas, e vamos continuar nesse monitoramento muito forte para que a população não seja pega de surpresa com mudanças bruscas”, concluiu.