Polícia Científica ganha “robô” para acelerar elucidação de crimes sexuais

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O passivo de crimes sexuais não solucionados no Paraná pode diminuir significativamente nos próximos meses com a entrada em operação de um robô, doado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que acelera a obtenção de perfis genéticos a partir de vestígios encontrados nas vítimas ou nas cenas dos crimes.

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O equipamento Hamilton Starlet ID, adquirido em pregão por R$ 515 mil, consegue processar mais de 40 amostras simultaneamente, liberando os peritos criminais para se dedicarem mais à interpretação dos resultados e à confecção dos laudos. Uma etapa seguinte é o cruzamento destes perfis genéticos com o banco de dados de pessoas condenadas por crimes hediondos e por crimes sexuais. A entrega do equipamento acontece nesta quarta-feira à tarde, no Laboratório de Genética Molecular Forense da Polícia Científica do Estado do Paraná, e será feita pelo secretário-executivo do MJSP, Tércio Tokano, e pelo secretário Nacional de Segurança Pública da pasta, Renato Paim.

A meta, para 12 meses, é fazer o processamento e inserção em Banco de Perfis Genéticos de pelo menos 2.000 vestígios de vítimas de crimes sexuais com triagem positiva para presença de sêmen. Isso deve esgotar em grande parte, ou na totalidade, a análise das amostras com triagem positiva arquivadas no Laboratório do Paraná, sem suspeitos para confronto.

Essas “digitais” deixadas pelos criminosos vão integrar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, permitindo que haja acompanhamento, em tempo real, de coincidências de vestígios biológicos ocorridas em diferentes locais de crimes. Em 2019, foram inseridos 65.000 perfis genéticos de condenados por crimes sexuais ou hediondos. A meta é concluir o cadastramento de todos os condenados que se enquadram nos requisitos legais até 2022. O MJSP adquiriu, no total, nove plataformas-robôs de grande porte para os estados que se comprometeram com a meta de realizar a análise de 2.000 vestígios sexuais em 12 meses.