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Na Rodoferroviária de Curitiba, fluxo de passageiros corresponde hoje a 45% do pré-pandemia
Na Rodoferroviária de Curitiba, fluxo de passageiros corresponde hoje a 45% do pré-pandemia| Foto: Daniel Castellano/Prefeitura de Curitiba

Atingidas em cheio pela pandemia de Covid-19, as administrações das rodoviárias de cidades-polo do Paraná relatam que a queda na movimentação de passageiros já teve momentos piores desde março do ano passado, mas a recuperação ainda está longe da volta à normalidade. A expectativa é que, com a vacinação, os números melhorem a partir do segundo semestre.

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Segundo Élcio dos Anjos, administrador da Rodoferroviária de Curitiba, o pior momento no terminal da capital foi em abril de 2020, um mês após a pandemia ser decretada: o movimento caiu 90%. O fluxo de passageiros permaneceu fraco pelos meses seguintes, teve uma melhora a partir do segundo semestre, porém, hoje corresponde a apenas 45% do movimento pré-pandemia.

A Rodoferroviária passou por uma série de alterações para adoção de protocolos de segurança, como retirada de bebedouros, aferição da temperatura dos passageiros pelas empresas de ônibus, orientações no sistema de som e sinalização para que o distanciamento seja mantido.

As principais receitas do terminal são as taxas de embarque e, com a queda de movimento, caíram bruscamente sem que as despesas fossem reduzidas na mesma proporção. “Mantivemos todo o pessoal de vigilância, seguimos pagando (manutenção de) elevadores e escadas rolantes, por exemplo, sem desconto ou benefício algum”, explica Anjos. “Em alguns meses, operamos no vermelho. Temos também as receitas de permissão de uso, mas usamos para pagar água e luz.” Nesta última situação, cinco lojas foram desocupadas durante a pandemia, mas foram feitas novas licitações e quatro já foram reocupadas.

“Temos uma perspectiva por causa da vacinação. A situação está melhorando, ainda que devagar. O passageiro está tendo mais confiança para voltar a usar o transporte rodoviário. Fizemos melhorias como roçagem nos gramados, mudanças na iluminação, tudo para deixar a Rodoferroviária bonita para a volta. Acreditamos que no final do ano o movimento estará em pelo menos 70% do considerado normal”, projeta o administrador. “Não fico frustrado por ter caído o movimento, se for por uma coisa boa, isto é, as pessoas estarem se cuidando, ficando mais em casa.”

Em Londrina, onde o movimento na rodoviária caiu mais de 50% em comparação ao período pré-pandemia, a prefeitura retomou estudos para analisar a viabilidade da concessão do terminal à iniciativa privada que haviam começado em 2019 e foram paralisados devido à pandemia.

Em Foz, concessionária teve que fazer demissões

Em Foz do Iguaçu, a Tarobá Construções, empresa que administra a rodoviária local desde 2016, aponta que o movimento no terminal também está muito abaixo da média do período pré-pandemia. “Em março (de 2020), vieram as medidas restritivas e depois a rodoviária ficou fechada durante 30 dias. Quando voltou, o  movimento ficou muito aquém. Em fevereiro de 2020, foram 35 mil embarques. Em abril (do ano passado), foram 1,5 mil”, relata Anderson Lopes, gerente de contratos da Tarobá. “Hoje, o movimento ainda está abaixo de 50%.

Com a perda de receita das taxas de embarque, a empresa reduziu o quadro de funcionários. “Alguns foram recontratados depois, mas alguns postos de trabalho foram fechados definitivamente”, relata o gerente. Três espaços para locação da rodoviária de Foz foram fechados desde o início da pandemia, e apenas um foi reocupado por enquanto.

Para o fim do ano, a Tarobá projeta uma recuperação do movimento, mas com cautela. “A tendência é melhorar, mas já estávamos com essa expectativa em dezembro e veio a segunda onda (de casos de Covid-19). A diferença é que agora as pessoas estão sendo vacinadas, então, nossa perspectiva é que seja uma retomada duradoura”, afirma Lopes.

Em Maringá, onde o fluxo anual na rodoviária estava em torno de 1,4 milhão de passageiros antes da pandemia, entre embarques e desembarques, a estimativa é de uma queda de 40% no movimento. “A rodoviária de Maringá está em reforma atualmente e uma das novidades será o controle do acesso de passageiros por catracas eletrônicas, o que permitirá ter dados e estatísticas mais completos”, informou a prefeitura, em nota.

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