A esposa de um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho foi presa na tarde desta terça-feira (9) durante visita agendada ao marido, custodiado no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, na região oeste do Paraná. Segundo apuração da Gazeta do Povo, a suspeita era investigada há meses pela Polícia Penal Federal.
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Ela é suspeita de ser um importante elo da organização criminosa e vinha sendo monitorada pelas forças de segurança. Ainda não foram divulgados detalhes sobre os crimes de que ela é suspeita, mas indícios apontam para um papel de comando na facção - que é originalmente do Rio de Janeiro e tem forte atuação na região de fronteira com o Paraguai, a partir de onde o Comando Vermelho trafica drogas, armas, munições e atua em outros negócios, como o contrabando bilionário de cigarros.
A mulher presa na operação desta manhã também tinha a incumbência de transmitir recados entre integrantes da facção em liberdade e o marido preso. A prisão foi feita pela Polícia Penal, seguida por busca e apreensão acompanhada pela Polícia Civil na residência da suspeita, que estava morando na cidade de Catanduvas (PR).
O presídio de segurança máxima da cidade concentra grande parte dos líderes do Comando Vermelho custodiados no sistema federal - e muitos familiares dos presos mudaram para residências na região.
Após buscas na casa da suspeita, ela foi encaminhada à cadeia pública da cidade de Corbélia, distante 70 quilômetros de Catanduvas, onde há uma ala feminina. A expectativa é de que a mulher siga para o sistema penitenciário federal e seja transferida para a unidade de Brasília, onde há estrutura de custódia feminina. As investigações e desdobramentos da operação devem seguir sob o comando da Polícia Federal.
Visitas ocorrem por videoconferência ou parlatório
Desde 2020, as visitas nos cinco presídios federais de segurança máxima – Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO), Mossoró (RN) e Brasília (DF) – ocorrem exclusivamente por videoconferência ou por parlatório, monitoradas pelas forças de segurança.
Isso ocorreu depois que a Polícia Federal confirmou que três policiais penais, dois no Paraná e um no Rio Grande do Norte, foram executados por determinação de presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) a partir de recados enviados durante visitas intimas de familiares ou de conversa com advogados.
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