A busca por profissionais está em alta nas empresas paranaenses. De maio a novembro, foram abertas 89,2 mil oportunidades de trabalho, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). E, em um cenário dominado pela imprevisibilidade gerada pela pandemia da Covid-19, os recrutadores estão de olho em pessoas com três características: adaptabilidade, autonomia e proatividade.
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“São características fundamentais cobiçadas pelas empresas, que também querem profissionais que busquem entender a realidade do cliente”, diz Humberto Wahraftig, diretor regional do PageGroup. Segundo ele, o desafio é encontrar profissionais que estejam preparados para os próximos anos da empresa.”
Um dos segmentos que deve continuar em alta é o agronegócio. A demanda por commodities continua aquecida neste ano, puxada pelo real desvalorizado e pela demanda internacional aquecida, puxada pela China. E não é só no campo que a procura por pessoal qualificado é grande. O mesmo ocorre nas cadeias produtivas que movimentam o setor.
O diretor aponta que os players do setor – mesmo os de menor porte – estão procurando trazer profissionais de mercado, para agregar expertise aos negócios e assegurar novas competências.
“Isto ocorre principalmente em funções de gestão de operação – inclusive com a contratação de gerentes-gerais em fazendas - e na estrutura administrativa e financeira dos negócios, onde se busca maior eficiência.”
Outra área que é promissora, segundo o especialista, é a de tecnologia da informação, que está em alta em Curitiba. Wahraftig lembra que muitos unicórnios – startups com valor de mercado superior a R$ 1 bilhão – estão instaladas na cidade. “As empresas digitais vêm crescendo de forma assustadora.”
As oportunidades são grandes, mas falta mão de obra qualificada para o segmento, aponta um estudo do Sebrae/PR, que ouviu 399 empresas no final do ano passado. Isto poderia “travar” o crescimento do setor. As principais competências desejadas pelas empresas do segmento são experiência na área, facilidade para trabalhar em equipe e formação técnica.
Uma aposta menor é nas indústrias metalmecânica e automotiva, que ainda se ressentem dos reflexos causados pela pandemia. Mas, segundo o executivo da PageGroup, as empresas destes segmentos estão olhando para suas estruturas internas para ver como podem melhor “navegar” nos próximos anos.
Home-office amplia concorrência nos processos seletivos
Um alerta que Wahraftig faz é que, com a tendência à valorização do home-office por parte das empresas, os processos de seleção tendem a ser mais concorridos. “A concorrência não é mais só interna. As pessoas poderão estar disputando vagas com gente que mora fora.”
A consequência disto, apontam especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, é que vai ser exigida mais capacitação técnica e comportamental. Um estudo realizado pela Udemy, mostra que 97% dos trabalhadores paranaenses pesquisados sentem que têm uma deficiência em habilidades, mas apenas 71% consideram que estas afetam seu desempenho.
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