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“Vacinômetro” registra inconsistências em dados de quase um terço dos municípios
| Foto: RODRIGO FELIX LEAL/AEN

Uma das principais ferramentas públicas de acompanhamento do ritmo da vacinação contra a Covid-19 em todo o Paraná, o “vacinômetro” mantido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) há quase um mês apresenta inconsistências em parte dos dados. Por volta das 16 horas desta quinta-feira (22), mais de um terço dos 399 municípios paranaenses apresentava algum tipo de problema, conforme alerta da própria Sesa ao usuário da ferramenta. A reportagem contou 148 municípios nesta situação, incluindo grandes cidades do estado, como Londrina.

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De maneira geral, as inconsistências se referem a dois números divergentes: o número de doses já aplicadas em um município aparece maior do que o número de doses de fato entregues pela Sesa ao município. Os motivos para o aparente erro, contudo, podem ser variados. No caso de Londrina, por exemplo, o secretário municipal da Saúde, Felippe Machado, disse à Gazeta do Povo que a quantidade de doses recebidas pela cidade de acordo com o vacinômetro não correspondia ao número que a própria prefeitura mantinha em seu sistema. Às 16 horas desta quinta-feira (22), o vacinômetro da Sesa registrava que Londrina recebeu 91.007 doses para a primeira aplicação e que teria aplicado 99.197 doses em sua população.

“Nós já recebemos mais de 100 mil doses aproximadamente. É por isso que já aplicamos 99.197”, disse Machado. Segundo ele, a prefeitura de Londrina tem repassado dados “em tempo real” para dois sistemas, o estadual e também o nacional. “A pessoa recebe a dose na sala de vacinação e cinco minutos depois aquela informação já está no SI-PNI”, detalhou ele, em referência ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, que é mantido pelo governo federal. “É importante que a ferramenta da Sesa traduza os registros do dia a dia”, pontuou ele.

Quando a Sesa lançou o vacinômetro, a pasta explicou que a ferramenta seria alimentada pelos dados repassados pelos municípios e reforçou que há atualizações permanentes no sistema. A reportagem não conseguiu retorno ainda da Sesa sobre o caso específico de Londrina.

“O registro [de doses recebidas e aplicadas] é muito importante. Precisamos seguir o SI-PNI e também o controle feito pela Sesa. Temos este compromisso de fazer isso o mais rápido possível”, explicou o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná (Cosems-PR) e secretário municipal da Saúde de Mangueirinha, Ivoliciano Leonardchik, durante reunião remota da Frente Parlamentar do Coronavírus, da Assembleia Legislativa, na última segunda-feira (19).

Segundo Leonardchik, o Cosems tem orientado os municípios sobre a importância do registro dos dados, especialmente prefeitos e secretários novos, que assumiram neste ano.

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