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Aulas presenciais serão retomadas em parte dos municípios paranaenses.
Aulas presenciais serão retomadas em parte dos municípios paranaenses.| Foto: Daniel Castellano/SMCS

O retorno das atividades presenciais nas escolas, com os devidos cuidados para prevenção do coronavírus, é um dos grandes desafios na área de educação neste início de 2021. Mas não é o único. Para a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Paraná (Undime-PR), outras duas questões exigem atenção no início do ano letivo: a avaliação diagnóstica dos alunos referente a 2020 e os riscos de evasão e abandono escolar.

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No Paraná, as prefeituras estão divididas quanto ao modelo adotado para o início do ano letivo na rede municipal. Enquanto algumas vão manter apenas o sistema remoto, outras já começarão com o híbrido, com parte dos alunos na escola e parte assistindo às aulas a distância. "Cada município tem a sua realidade: em alguns a pandemia está mais controlada, em outros os números ainda estão altos. Agora é o momento de fazer o retorno de forma bem ponderada", afirma Marli Fernandes, presidente da Undime-PR.

Para auxiliar os gestores, a Undime disponibilizou um material com instruções para o planejamento do ano letivo. Entre as questões abordadas está o protocolo sanitário para prevenção do coronavírus, que exige uma série de medidas relacionadas a distanciamento e higienização, por exemplo. "Esse protocolo vai interferir bastante na escola: nos espaços físicos, refeitórios, transporte... as prefeituras devem pontuar tudo isso para dar conta do atendimento e também avaliar no que vai implicar financeiramente", observa Marli.

A presidente da Undime-PR alerta que, além do protocolo sanitário, é fundamental que os gestores trabalhem no protocolo pedagógico, de modo que os alunos não fiquem prejudicados em relação à aprendizagem. "Estamos trabalhando numa reestruturação da grade curricular, com foco nas habilidades essenciais. Em 2020, alguns municípios tiveram tempo de aula menor, por isso é necessário analisar quais habilidades não podem ser deixadas de trabalhar e retomá-las em 2021", ressalta.

De acordo com Marli, a maioria dos municípios optou por adotar o currículo contínuo, em que os conteúdos serão continuados ao longo do próximo ano letivo e não haverá aprovação ou reprovação relativas a 2020. "Há um desafio muito grande nesse início de ano que é a avaliação diagnóstica, ver se o nível de aprendizagem em 2020 foi a contento e, se for constatada dificuldade, implantar programas de apoio."

O combate à evasão e ao abandono escolar também deverá estar no foco dos gestores municipais, visto que, durante a pandemia, as secretarias de Educação constataram aumento nesses índices. Para isso, a Unime-PR incentiva as prefeituras a aderirem ao programa Busca Ativa Escolar, plataforma que ajuda no acompanhamento de crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de evasão. "Os municípios deverão levantar se todos os alunos retornaram em 2021, para que não tenhamos nenhum aluno a menos e nenhum com problema de aprendizagem", conclui Marli.

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