O retorno das atividades presenciais nas escolas, com os devidos cuidados para prevenção do coronavírus, é um dos grandes desafios na área de educação neste início de 2021. Mas não é o único. Para a União dos Dirigentes Municipais de Educação do Estado do Paraná (Undime-PR), outras duas questões exigem atenção no início do ano letivo: a avaliação diagnóstica dos alunos referente a 2020 e os riscos de evasão e abandono escolar.
Receba as principais notícias do Paraná no seu WhatsApp
No Paraná, as prefeituras estão divididas quanto ao modelo adotado para o início do ano letivo na rede municipal. Enquanto algumas vão manter apenas o sistema remoto, outras já começarão com o híbrido, com parte dos alunos na escola e parte assistindo às aulas a distância. "Cada município tem a sua realidade: em alguns a pandemia está mais controlada, em outros os números ainda estão altos. Agora é o momento de fazer o retorno de forma bem ponderada", afirma Marli Fernandes, presidente da Undime-PR.
Para auxiliar os gestores, a Undime disponibilizou um material com instruções para o planejamento do ano letivo. Entre as questões abordadas está o protocolo sanitário para prevenção do coronavírus, que exige uma série de medidas relacionadas a distanciamento e higienização, por exemplo. "Esse protocolo vai interferir bastante na escola: nos espaços físicos, refeitórios, transporte... as prefeituras devem pontuar tudo isso para dar conta do atendimento e também avaliar no que vai implicar financeiramente", observa Marli.
A presidente da Undime-PR alerta que, além do protocolo sanitário, é fundamental que os gestores trabalhem no protocolo pedagógico, de modo que os alunos não fiquem prejudicados em relação à aprendizagem. "Estamos trabalhando numa reestruturação da grade curricular, com foco nas habilidades essenciais. Em 2020, alguns municípios tiveram tempo de aula menor, por isso é necessário analisar quais habilidades não podem ser deixadas de trabalhar e retomá-las em 2021", ressalta.
De acordo com Marli, a maioria dos municípios optou por adotar o currículo contínuo, em que os conteúdos serão continuados ao longo do próximo ano letivo e não haverá aprovação ou reprovação relativas a 2020. "Há um desafio muito grande nesse início de ano que é a avaliação diagnóstica, ver se o nível de aprendizagem em 2020 foi a contento e, se for constatada dificuldade, implantar programas de apoio."
O combate à evasão e ao abandono escolar também deverá estar no foco dos gestores municipais, visto que, durante a pandemia, as secretarias de Educação constataram aumento nesses índices. Para isso, a Unime-PR incentiva as prefeituras a aderirem ao programa Busca Ativa Escolar, plataforma que ajuda no acompanhamento de crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de evasão. "Os municípios deverão levantar se todos os alunos retornaram em 2021, para que não tenhamos nenhum aluno a menos e nenhum com problema de aprendizagem", conclui Marli.
- Educação como atividade essencial será primeiro projeto do ano na Alep
- Aulas remotas ou presenciais? Como municípios do Paraná vão iniciar o ano letivo
- Famílias estão seguras para volta às aulas no PR, dizem coordenadores de escolas
- TCE-PR orienta prefeituras para volta das aulas presenciais e alerta para evasão
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Reintegrado após afastamento, juiz da Lava Jato é alvo de nova denúncia no CNJ
Decisão de Moraes derrubou contas de deputado por banner de palestra com ministros do STF
Petrobras retoma fábrica de fertilizantes no Paraná
Alep aprova acordos para membros do MP que cometerem infrações de “menor gravidade”
Deixe sua opinião