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O plenário da Assembleia Legislativa do Paraná | Pedro de Oliveira/Assembleia Legislativa
O plenário da Assembleia Legislativa do Paraná| Foto: Pedro de Oliveira/Assembleia Legislativa

O anúncio de que a União vai retomar o controle das rodovias federais sob concessão no Paraná após o fim do contrato, em 2021, repercutiu na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (5). As opiniões a respeito do tema variaram entre o sentimento de que essa era a única saída a tomar e o de que se trata, mais uma vez, de pirotecnia em torno do assunto mais sensível para o estado nos últimos 20 anos.

A Gazeta do Povo mostrou na sexta-feira (2), com exclusividade, que o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil já definiu que os trechos voltarão ao patrimônio do governo federal, sem possibilidade alguma de prorrogação dos contratos com as atuais concessionárias. Segundo a pasta, o atual modelo será aprimorado a partir de 2021.

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Para o deputado Nelson Luersen (PDT), presidente da última CPI do Pedágio na Assembleia, em 2014, essa decisão da União deveria ser tomada imediatamente, e não somente ao fim dos atuais contratos com as concessionárias. Ele embasa a posição na Operação Integração, da Lava Jato, que investiga uma série de irregularidades na concessão das rodovias do Anel de Integração do Paraná.

“Se há indícios de fraudes, nada mais justo do que romper já os contratos. Lá atrás, nós deputados questionávamos a falta de transparência de aditivos, os contratos de gaveta entre o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) e as concessionárias, além da completa conivência do próprio DER e da Agepar (Agência Reguladora)”, criticou o pedetista.

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Presidente da Assembleia e também do PSDB estadual, Ademar Traiano afirmou que a posição do governo federal é a mesma defendida há muito tempo pelo governo Beto Richa (PSDB). “Somos totalmente favoráveis a isso: nova licitação e redução das tarifas. Mas, infelizmente, a Justiça sempre deu ganho de causa às concessionárias”, lamentou.

Por outro lado, o vice-líder da oposição na Casa, Tadeu Veneri (PT), classificou como “pirotecnia” o anúncio do Ministério dos Transportes e pediu que o assunto seja tratado com mais seriedade. Na visão dele, o posicionamento não passa de mais um engodo para a população, que já está cansada do tema. “É como eu dizer que o Paraná Clube não vai ser campeão mundial, quando todo mundo sabe que já não iria ser mesmo. É evidente que não vão renovar o que já não iria ser renovado”, criticou.

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