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 | Pedro de Oliveira/Assembleia Legislativa;Arquivo
| Foto: Pedro de Oliveira/Assembleia Legislativa;Arquivo

A Assembleia Legislativa do Paraná volta aos trabalhos nesta segunda-feira (5) com a cabeça em outubro. Como já é praxe em ano eleitoral, os deputados deverão atuar em plenário com o freio de mão puxado, sobretudo quando a campanha se intensificar. Outro fator que certamente vai alterar o ritmo das votações e sessões plenárias será a Copa do Mundo, entre junho e julho.

Reféns do governador Beto Richa (PSDB) durante toda esta legislatura, os deputados deverão receber uma trégua por parte do tucano. Prestes a deixar o cargo – em dezembro, no fim do mandato, ou em abril, se renunciar para disputar o Senado −, Richa não deve mais enviar projetos polêmicos à Casa, depois de passar três anos colocando os parlamentares da base aliada em constante saia-justa em virtude de propostas impopulares, como aumento de impostos e não concessão de reajuste salarial aos servidores.

Soma-se esse esvaziamento das pautas vindas do Executivo − e que costumam concentrar quase todo o foco na Assembleia – à busca pela reeleição dos próprios deputados. O resultado é que 2018 será um ano em que as discussões em plenário se darão mais ao pé do ouvido do que da tribuna. Além de tentarem garantir mais um mandato a si mesmos, os parlamentares também terão papel fundamental na costura das alianças para a sucessão de Richa, ainda mais num cenário em que não se sabe quem serão os candidatos nem se o tucano irá renunciar ao cargo.

Câmara de Curitiba

Apesar de não estar diretamente envolvida nas eleições deste ano, a Câmara de Curitiba também sentirá os impactos do pleito. Em primeiro lugar, porque existe a possibilidade de alguns vereadores brigaram por cadeiras de deputado federal ou estadual. Além disso, os parlamentares poderão ser importantes cabos eleitorais para os candidatos a governador, afinal são donos dos votos de 2016 no maior colégio eleitoral do estado.

Por fim, o ritmo de projetos enviados à Casa pelo prefeito Rafael Greca (PMN) tende a não ser frenético como no primeiro ano de gestão. Seja porque ele próprio será um apoiador de peso na campanha ao Executivo estadual e, portanto, poderá poupar os vereadores de assuntos espinhosos para evitar desgaste. E também porque o ajuste fiscal feito em 2017 – que levou inclusive a confrontos entre servidores municipais e policiais − parece ter sido praticamente encerrado.

Do ano passado, ficou pendente a votação da nova lei de zoneamento de Curitiba, que vai organizar a ocupação do território da capital.

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