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Servidora pública estadual desde 1981, Claudia Silvano passou por todos os setores do Procon até se tornar diretora do órgão, em 2011. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Servidora pública estadual desde 1981, Claudia Silvano passou por todos os setores do Procon até se tornar diretora do órgão, em 2011.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

No RG, está escrito Claudia Silvano. O Paraná todo, no entanto, só a conhece como Claudia do Procon. Diretora do órgão de defesa do consumidor desde 2011, ela talvez seja um dos maiores exemplos em toda a estrutura do governo do estado de como um gestor técnico pode fazer a diferença no poder público. Ao contrário de nomeações políticas, que, em grande medida, contribuíram para levar o país ao buraco em que se encontra hoje.

Servidora pública estadual “com muito orgulho” desde 1981, Claudia Silvano começou a trabalhar no Procon dez anos depois. Passou por todos os setores do órgão: pesquisas de preço, atendimento telefônico, relação com os Procons municipais, audiências entre empresas e consumidores. Com essa trajetória, foi alçada ao cargo de diretora no primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) e segue lá desde então, mesmo com a saída dele do governo.

“Fico muito feliz por terem reconhecido o meu trabalho. Tive a compreensão de todos os secretários que passaram pela Secretaria [da Justiça, a qual o Procon é vinculado] do quanto é importante ter alguém de carreira na diretoria, para prestar um bom serviço à população. Que bom se fosse assim em todos os locais”, afirma. Ao ressaltar que não “caiu de paraquedas” no comando do órgão, Claudia diz que conhecer a instituição do início ao fim a deixa mais à vontade para exercer a função de diretora e para orientar os funcionários e os Procons municipais de todo o estado.

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Bastante ativa nas redes sociais, ela também comemora a visibilidade que o mundo virtual tem trazido para o Procon, a ponto de, por exemplo, o Paraná ter o maior número de registros do país no site consumidor.gov.br – o portal permite uma comunicação direta com as empresas, que precisam responder às reclamações no máximo em dez dias. “A boa defesa do consumidor é proporcionar soluções rápidas, efetivas e fáceis. Por isso, também precisamos ouvir o mercado, saber como funciona o outro lado e viabilizar pontes, com diálogo e não com embate. Só multas não atendem aos anseios do cidadão. Nosso papel é servir e prestar um bom atendimento. É para isso que a gente trabalha.”

Vida dedicada à educação

Maria Onide Sardinha é chefe do Núcleo Regional de Educação de Apucarana.Divulgação/Facebook

A trajetória de Maria Onide Sardinha na educação não é diferente da carreira construída por Claudia Silvano na defesa do consumidor. Professora desde 1973, ela foi alfabetizadora, docente do 5º ao 9º ano, do ensino médio e também de cursos de graduação e pós-graduação, coordenadora e diretora de escola, avaliadora do Ministério da Educação (MEC). Ingressou no governo do estado como servidora efetiva em 1988, já tendo se aposentado como professora de Matemática e também como pedagoga.

Com tamanha experiência, foi escolhida em 2011 por Richa chefe do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, que reúne 16 municípios do Norte do estado. “Isso é o que conta. Tudo o que vivi me abriu o olhar, fez com que eu saísse de várias situações difíceis. Quando todos têm aflição para resolver o problema, você consegue ter serenidade e segurança para errar menos, ter tranquilidade para tomar as melhores decisões”, afirma.

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Maria Onide ainda destaca o respeito que recebe do mundo político com quem precisa se relacionar justamente pela bagagem profissional na área. “Claro que houve um grupo que trabalhou para que eu assumisse o núcleo, mas todos me respeitam muito por saber que não cheguei aqui apadrinhada. É evidente que a educação é um ato político, mas não sou filiada a nenhum partido, não me envolvo em questões partidárias. Por isso, nunca tive dificuldade de acesso em nenhum município, na Secretaria de Educação, na Fundepar.”

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